Adeus a Pelé: familiares, amigos e fãs se despedem do Rei do Futebol
Velório do atleta do século acontece na Vila Belmiro, em Santos, no Litoral Paulista
Simone Queiroz
Mais de 27 mil pessoas enfrentaram uma fila de pelo menos 2 horas para se despedir de Pelé, na Vila Belmiro, em Santos. Além dos fãs e de autoridades, que já estiveram no velório do craque, o presidente da República também irá à cidade do Litoral Paulista para prestar homenagem e respeito ao maior jogador de futebol de todos os tempos.
Lula deve chegar ao local por volta das 9h da manhã, uma hora antes do término previsto do velório, que ao todo vai durar 24 horas. O presidente e a primeira-dama, Janja, enviaram uma coroa de flores, que se juntou a muitas outras, vindas de várias partes do mundo.
O cortejo, com o corpo do ex-jogador, saiu do Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, pouco antes das 2h da manhã. Dezenas de batedores da Polícia Militar fizeram a escolta, que percorreu avenidas de São Paulo, passando pela Rodovia Anchieta até chegar a Santos. Na entrada da cidade, o cortejo foi recebido com bandeiras e fogos.
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Às 10h da manhã, a chegada ao solo, para ele, sagrado, do estádio do Santos. Ao som do hino do clube, o caixão foi levado à tenda, no centro do gramado, pelo filho mais velho, o ex-goleiro Edinho, pelo ex-jogador Zé Roberto e por funcionários do clube. Familiares do craque foram os primeiros a se aproximar do caixão aberto.
Mais de 90 coroas de flores enviadas por Neymar, Ronaldo, Pepe - companheiro de Pelé no Santos -, do empresário Silvio Santos, além de muitos outros. A morte de Pelé é assunto mundial. Jornalistas de 22 países estão em Santos para cobrir o adeus ao Rei do futebol.
O nome de Pelé também deve ser eternizado em inúmeras homenagens pelo mundo. O presidente da Fifa, que foi a Santos se despedir do ex-jogador, informou que irá recomendar aos países membros da entidade que batizem, pelo menos, um estádio com o nome do Rei do Futebol.
"Creio que os jovens do mundo inteiro têm que recordar quem era Pelé. Era um grandíssimo do futebol, e nos fez emocionar", destacou o preside da Fifa, Gianni Infantino.
Dezenas de personalidades do mundo do futebol estiveram na Vila Belmiro. Incluindo alguns ex-companheiros de Pelé no incrível Santos dos anos 60. "Eu parei aqui nesse portão para assinar contrato e, por uma dessas coincidências, ele vinha chegando. Ele olhou para mim, e falou: 'Ê, mais um crioulo nesse time'", lembrou o ex-jogador Lima.
"Se ele jogasse hoje, com toda a qualidade dele, ele marcaria o dobro de gols que ele fez no tempo que ele jogou futebol", acrescentou o ex-jogador Clodoaldo.
"Um dia triste, né. A gente está aqui prestando a última homenagem para ele, o Edson Arantes do Nascimento, porque o Pelé jamais vai ser apagado", concluiu o ex-jogador Serginho Chulapa.
Também estiveram no velório, o pai do camisa 10 da seleção brasileira, Neymar Santos, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o governador paulista, Tarcísio de Freitas. Além dos presidentes da Conmebol, Alejandro Dominguez, da Federação Paulista de Futebol, Reynaldo Carneiro Bastos, e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues.
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