Porto Alegre recebe equipamento tecnológico para emergências cardiorrespiratórias
Socorristas do Samu da capital gaúcha são os primeiros do país a contar com o Lucas 3.0
Luciane Kohlmann
Socorristas do Samu de Porto Alegre são os primeiros do país a contar com um equipamento de alta tecnologia para emergências cardiorrespiratórias, chamado Lucas 3.0.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Há quatro anos, Nilton Belsarena sofreu um infarto. O empresário nasceu de novo após o socorro médico, que usou desfibrilador e muita massagem cardíaca. "Eu sou muito agradecido ao Samu. Foi ótimo atendimento. Como eu sobrevivi, só tenho que agradecer", diz.
Numa emergência, tempo é vida, como quando o coração para de bater, em que a massagem cardíaca é capaz de reverter a situação, e uma tecnologia veio para deixar a compressão torácica mais precisa.
"Já existem muitos trabalhos científicos que mostram que o ser humano cansa, que a cada ciclo de massagem cardíaca que a gente faz, a nossa capacidade de prover essa bomba mecânica artificial pela nossa força, ela tende a diminuir a qualidade", afirma Günther Ayala, coordernador geral do Samu de Porto Alegre.
O Lucas tem nome de gente, mas é uma sigla em inglês para "Sistema de Assistência Cardíaca da Universidade de Lund", localizada na Suécia. Com ajuda de um computador, ele mede a força ideal da compressão e avisa a hora de ventilar.
Porto Alegre é a primeira capital do país a ter todas as equipes básicas do Samu equipadas com o Lucas 3.0. Os aparelhos devem estar nas unidades móveis até o fim do ano, permitindo que a massagem cardíaca ocorra ainda a caminho do hospital.
Na capital gaúcha, os socorristas atendem, em média, 500 pacientes em parada cardiorrespiratória por ano. Mesmo que o valor seja alto -- cerca de R$ 100 mil por equipamento -- a equipe médica garante que o investimento compensa.
Leia também: