CNC: consumidor deve priorizar pagamento de dívidas com 13º salário
Escalada dos juros e comprometimento médio da renda familiar influenciam decisão
Camila Stucaluc
Assim como no ano passado, o principal destino do 13º salário será o pagamento de dívidas. Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), espera-se que 38% dos brasileiros deixem de comprar no varejo para quitar os débitos, totalizando cerca de R$ 42,7 bilhões.
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"A escalada dos juros ao consumidor e o comprometimento médio da renda familiar são as principais causas para que os consumidores utilizem o benefício para o abatimento de dívidas", explica o economista Fabio Bentes. Ele acrescenta que, fora as dívidas, o abono deve ser gasto com consumo de bens, serviços e aplicações na poupança.
No geral, o pagamento do 13º salário deve totalizar R$ 251,6 bilhões, montante 6,4% maior em relação aos R$ 236,4 bilhões pagos em 2021. O cenário se deve ao aumento de 13% no número de funcionários com carteira assinada, 13,9% na quantidade de trabalhadores domésticos contratados e de 9,5% no setor público.
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Estima-se que a segunda parcela do abono movimente mais a economia do varejo, sobretudo em supermercados, lojas de vestuário e calçados e estabelecimentos de utilidades domésticas. De acordo com a CNC, historicamente, dezembro tem um avanço médio de 25% nas vendas devido às festas de fim de ano.