Falso motorista de aplicativo mantém jovem refém por quase 22 horas
Homem sequestrou e estuprou a vítima; depois, chamou outro carro por aplicativo para levá-la para casa
Victória Melo
Um jovem foi estuprada e mantida refém durante 22 horas por um falso motorista de aplicativo, no Distrito Federal. O caso aconteceu durante o feriado de Finados, na última 4ª feira (02.nov).
A vítima entrou no veículo em uma parada de ônibus, em uma rodovia movimentada, a cerca de 12 quilômetros do centro de Brasília. A jovem de 21 anos tinha acado de sair do trabalho.
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Como não tinha muitas opções de transporte, ela decidiu aceitar a primeira oferta de carona. O destino era o município de Valparaíso de Goiás, mas a viagem seguiu outro caminho.
"Ele estacionou o carro, disse para eu ficar calma, que não tinha como abrir a porta, porque já estava trancado [o carro], que ele estava armado, e que ele só queria o celular e o dinheiro. E aí, ele deu umas voltas comigo. Ele parou no mato, aí ele me estuprou; depois, ele seguiu para uma favelinha, para pegar umas drogas dele, e jogou meu celular fora, minha mochila fora", relata a vítima que prefere não ser identificada: comida, água e bebidas alcoólicas.
Na sequência, o homem levou a vítima para um motel. A mulher ficou refém por 22 horas. As notas fiscais mostram o consumo no estabelecimento.
Por fim, foi o próprio criminoso, Cléber Caitano dos Santos, de 40 anos, que acionou um carro por aplicativo para a vítima voltar para casa. Na conversa, ele disse ao motorista que a jovem era namorada dele.
O delegado Herbert Léda chama a atenção para o fato do criminoso parecer despreocupado com a possibilidade de ser identificado. "Realmente, foi um crime muito atrevido, muito audaz, assim de ter realmente mostrado o rosto nas câmeras do motel", afirma o delegado.
Cléber dos Santos está foragido. Ele já tinha antecedentes criminais por roubo e estupro, e estava em liberdade provisória.
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