Falta de remédios faz população escolher tratamentos diferentes
Falta de insumos e alta da procura por covid-19 e influenza acabaram deixando alguns medicamentos escassos nas farmácias
Luciano Teixeira
Um levantamento realizado em cinco redes de drogarias paulistas comprova a falta de medicamentos de uso comum da maioria das pessoas. Mas o problema não se concentra só no estado. A promessa é que a situação volte ao normal nos próximos dias.
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Juliane Tigre, assistente de logística, tem crises alérgicas e precisa de um medicamento em falta no mercado. Ela já foi em várias farmácias e não encontrou. A solução foi tentar o tratamento com um similar. "Fui pra uma segunda opção que é a Loratadina. E foi quando ela me informou que ele também estava em falta, ela só tinha um genérico. Como eu estava necessitando acabei indo nele mesmo", afirmou.
O problema, segundo entidades que representam a indústria farmacêutica, tem relação com o aumento da demanda por medicamentos para combater a gripe e alergias. A inflação também tem causado um efeito dominó na cadeia de abastecimento. Muitos dos remédios que estão em falta, são usados para tratar casos de influenza e covid-19. Para a associação dos laboratórios, o problema está atrelado ao desabastecimento de insumos.
Nas farmácias, os profissionais buscam alternativas. "Alguns medicamentos têm como fazer o intercambio da receita. Você trocar o original pelo genérico ou você vai tentando, se for possível, mudar para outras moléculas para o tratamento", comenta Giovanna Pineda, compradora de medicamentos.
Quem depende desses remédios, por enquanto, vai ter que esperar. "Antibiótico não tem jeito, você tem que tomar aquele determinado remédio", afirma Ana Cristina Hermano, instrumentadora cirúrgica. A assistente administrativa Rose Belle Fujita sugere: "Gripe você cura muitas vezes com chazinhos caseiros, sempre tem aquela receitinha da vovó".