Varíola dos macacos: UnB suspende aulas por suspeita de contaminação
Para evitar infecção pelo vírus, duas turmas da Universidade de Brasília foram temporariamente afastadas
André Anelli
A Universidade de Brasília (UnB) suspendeu as aulas presenciais de duas turmas após dois alunos relatarem ter tido contato com pessoas diagnosticadas com varíola dos macacos.
As orientações para evitar a contaminação pelo vírus chegaram aos estudantes da UnB por e-mail e aplicativo de mensagem. "Foi quase as mesmas da covid-19. Uso de máscara, distanciamento social, álcool em gel", diz o estudante Victor Cunha Souza.
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Victor é aluno do segundo semestre do curso de audiovisual, turma que não teve as aulas presenciais suspensas. O estudante admite que a possibilidade de casos de varíola dos macacos no campus preocupa, mas que ainda não afetou diretamente a rotina acadêmica. "Não mudou ainda. A gente conversa mais coisa do curso e tudo mais, mas sempre fala dessas doenças, da mesma forma que a gente fala do corona", ele acrescenta.
A reitoria da Universidade de Brasília determinou que casos suspeitos permaneçam afastados das atividades e sigam, rigorosamente, as orientações das autoridades de saúde.
Até esta 6ª feira (05.ago), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal soma 38 casos confirmados da varíola dos macacos, sendo 37 pacientes homens e uma mulher. Todos têm idade entre 20 e 59 anos. Outros 97 casos suspeitos estão sendo monitorados.
"A gente recomenda que as pessoas que estejam com vesículas, com bolhas, elas procurem o serviço de saúde para poder verificar se é um caso suspeito de Monkeypox. Sendo classificado como suspeito, vai ocorrer a coleta do material para diagnóstico, e essa pessoa deve ficar em isolamento", orienta a gerente do Centro de Informações de Vigilância em Saúde do DF, Priscilleyne Reis.
Em todo o Brasil, já foram notificados 1721 casos de varíola dos macacos; 3 em cada 4 foram detectados em São Paulo. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou a importância do combate à desinformação quanto à doença. "Uma nova ameça. A receita é a mesma: vigilância em saúde adequada, informação correta à população brasileira", enfatizou o ministro.
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