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Jornalismo

MPRJ recebeu ao menos 30 denúncias de violações contra direitos humanos

Três pessoas mortas no Complexo do Alemão foram enterradas neste sábado (13.jul)

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Enterro de vítima
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O Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu, ao menos, 30 denúncias de violações de direitos humanos durante a operação que deixou 17 mortos no Complexo do Alemão. Três pessoas foram enterradas neste sábado (23.jul).

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O enterro de Letícia Marinho de Sales, de 50 anos, foi marcado por protestos. A vítima foi baleada após sair para ajudar uma amiga a organizar uma festa em uma igreja, localizada na comunidade.

Ao todo, 17 pessoas morreram durante a operação das polícias civil e militar no Complexo do Alemão. O policial militar Bruno de Paula Costa, de 38 anos, também foi morto. Ele estava em uma base da PM quando levou um tiro no pescoço. No enterro, homenagens e a presença de colegas de farda. "Meu irmão com duas crianças. Pai exemplar, irmão exemplar, um fiho exemplar. Fica agora a saudade, a dor vai para ficar para sempre", disse Valdir Costa, irmão do agente. 

"É uma perda imensa. Não tem como mensurar isso. Uma perda imensa. Faleceu numa operação, atacado de forma covarde", disse o Coronel Luiz Henrique Marinho Pires. O sepultamento de Bruno, realizado neste sábado, foi reservado para parentes e amigos.

A operação no Complexo do Alemão já é considerada a quarta mais letal da história do Rio de Janeiro. A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro reuniu depoimentos de moradores, além de informações que reforçam os indícios de violação dos direitos humanos na ação. O material, por sua vez, será encaminhado à Defensoria Pública e ao Ministério Público. A OAB/RJ questiona a efetividade da ação policial na comunidade.

"Nós vimos na operação uma mobilização de mais de quatrocentos policiais, helicópteros, armas. E nada, efetivamente, aconteceu. Hoje, continua a insegurança no Rio de Janeiro", afirmou Álvaro Quintão, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RJ.
 

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