Publicidade
Brasil

Polícia do Rio confirma 17 mortes em operação no Complexo do Alemão

Nesta 6ª feira, uma mulher foi baleada na cabeça enquanto atravessava a rua; polícia nega novo confronto

Imagem da noticia Polícia do Rio confirma 17 mortes em operação no Complexo do Alemão
operação rio de janeiro
• Atualizado em
Publicidade

As Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro corrigiram o número de mortos na operação realizada na 5ª feira (21.jul), no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio. Segundo as autoridades, foram 17 vítimas e não 18, como havia sido informado anteriormente. Dentre elas, 15 possuíam anotações criminais.

Um das vítimas foi Letícia Marinho de Sales, de 50 anos. Ela foi visitar o namorado e acabou baleada no peito, dentro do carro dele. "Foi tirado um pedaço de mim. Tudo que eu tinha na minha vida era minha mãe. Era tudo", desabafa a filha da vítima, Jenifer Marinho.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

A família acusa a PM pelos disparos. Os parentes estiveram no Instituto Médico Legal, nesta 6ª feira (22.jul). "Um policial totalmente despreparado atirou na minha mãe. A polícia do Rio de janeiro está apreendendo o que? A matar um trabalhador? Minha mãe ajudava todo mundo", questiona Jenifer.

A família do policial militar Bruno de Paula Costa, que também morreu durante a operação, foi liberar o corpo. "Hoje é um dia muito triste. Eu tenho dois filhos autistas. Estão chamando pelo pai, querem o pai de qualquer jeito. E como eu vou explicar que o pai deles foi assassinado?", lamenta a viúva do PM, Lídia Costa.

No mesmo dia, outra moradora perdeu a vida vítima de uma bala-perdida. Solange Mendes da Silva tinha 49 anos, era dona de pensão e vendia marmitas na comunidade Nova Brasília. Ela foi atingida por um tiro na cabeça, enquanto atravessava a rua, perto de casa. A vítima já chegou sem vida aos hospital.

"Fui aluno dela, era minha explicadora desde criança. O relato que eu sei é que a polícia estava no local e começou um confronto", conta Carlos Alberto, que era amigo de Solange.

A polícia afirma que equipes chegaram a ser atacadas durante o dia, mas que não houve novo confronto nesta 6ª, e atribui o disparo que matou Solange a criminosos. "Foram retirar uma barricada, a senhora Solange passou pelos policiais, cumprimentou-os com um 'bom dia' e, naquele momento, foram atacados [os policiais] por um marginal. O tiro atingiu, diretamente, a senhora Solange, que caiu na frente dos próprios policiais que ela tinha acabado de cumprimentar", alega o porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Ivan Blaz.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade
Publicidade