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SP: Operação descobre clínicas de reabilitação mantidas pelo PCC

Mais de 80 dependentes químicos eram mantidos em cárcere privado, em condições precárias

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usuários presos em clínica de reabilitação
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A Polícia de São Paulo descobriu duas clínicas de reabilitação para dependentes clínicos, controladas pela maior facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC), durante uma investigação sobre a execução de um homem pelo chamado "Tribunal do Crime".

A operação do Departamento de Homicídios de São Paulo, deflagrada nesta 4ª feira (06.jul), resultou na prisão de um dos envolvidos no assassinato, que aconteceu no dia 07 de junho. Uma câmera de segurança gravou o criminoso e outras duas pessoas deixando o corpo em uma rua, na zona sul da capital paulista.

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A vítima, encontrada no mesmo dia, com sinais de tortura, era Renato Augustinho. "A vítima teria sido assassinada porque teria mexido com uma moça menor de idade", explica a delega responsável pelo caso, Elisabete Sato.

As outras duas pessoas, que estavam no carro preto que aparece no circuito de segurança, foram presas na semana passada. O mesmo grupo é investigado por outras 5 mortes do Tribunal do Crime mantido pelo PCC.

No entanto, para a surpresa dos agentes do Departamento de Homicídios, as investigações revelaram que um dos homens detidos é dodo de duas clínicas de recuperação para dependentes químicos. Uma delas é clandestina, e os internos viviam trancados, como se estivessem em uma prisão.

Os quartos tinham grades e ficavam fechados durante toda a noite. "Haviam cerca de 86 pessoas, homens, ali internados; 21 em uma clínica, e o restante, em outra clínica, em condições de cárcere privado. Todas elas pediram socorro para os nossos policiais, para que as tirassem de lá. Dentro de um cômodo, havia uma fossa aberta. Eles eram maltratados. Além disso, eles eram privados de visitas dos seus familiares", relata a delegada Sato.

Diante da descoberta, a pergunta principal é por que a facção que controla o tráfico de drogas em boa parte do país mantém uma clínica de reabilitação para dependentes químicos? Para a polícia, são duas hipóteses: lavagem de dinheiro ou puro assistencialismo, ocupar o lugar do Poder Público.

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