Sindicato confirma greve de ônibus em São Paulo

O transporte público na capital paulista terá seu serviço afetado a partir da meia-noite desta 4ª feira (29.jun). Nesse horário, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) iniciará a paralisação. A greve foi confirmada pela entidade no fim da tarde desta 3ª feira (28.jun).

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O presidente do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz, alega que o movimento grevista se faz necessário diante da ausência de respostas por parte das empresas que operam as linhas de ônibus na capital paulista. De acordo com ele, promessas relacionadas a aumento salarial e concessão de benefícios chegaram a ser feitas, mas não avançaram na prática.

"A categoria está estafada dessa enrolação."

"Já se passaram dois meses das nossas negociações e os patrões mostraram-se intransigentes, pedindo prazos, paciência e protelando decisões", reclama Santana da Paz, conhecido pelo apelido "Sorriso". "A categoria está estafada dessa enrolação", prossegue o dirigente sindical.

Em nota oficial, o Sindmotoristas alega que foi garantido reajuste de 12,75% sobre o salário e também de vale refeição. Segundo a entidade, o setor empresarial ignorou esses acordos e outras reivindicações, como hora de almoço remunerada, implementação de programa de participação nos lucros e resultados (PLR) e definição de cargos e plano de carreiras.

Até o momento, a SPTrans, autarquia responsável pela gestão do transporte público de ônibus na cidade de São Paulo, não se manifestou a respeito.

Paralisação de 24 horas

Inicialmente, a greve terá 24 horas de duração, informa o Sindmotoristas. A paralisação do serviço de ônibus na capital paulista, no entanto, poderá ser interrompida a partir de manifestação por parte do "setor patronal", avisa a entidade, que realizará nova assembleia às 16h desta 4ª feira para discutir o "plano de luta de ações".

*Estagiária sob a supervisão da chefia de reportagem do SBT em São Paulo.