Funcionários da Funai entram em greve por reforço de segurança
Grupo também pede retratação de Marcelo Xavier sobre fala envolvendo desaparecimentos no Amazonas

Camila Stucaluc
Os funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) informaram, nesta 3ª feira (14.jun), que entraram em greve devido à falta de segurança em regiões remotas da Amazônia. A paralisação foi decidida em assembleia após o presidente da entidade, Marcelo Xavier, não se retratar sobre a fala envolvendo o desaparecimento do jornalista britânico Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira.
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"O Presidente da Funai, Marcelo Xavier, se recusou a garantir a segurança dos servidores e ainda caluniou e criminalizou o servidor Bruno Pereira, os servidores do Vale do Javari, e a Univaja. A gestão da Funai não se importa com seus servidores, então declaramos greve", disseram os servidores, classificando as falas do presidente como "equivocadas".
Nesta semana, o presidente da Funai afirmou que Philips e Pereira não teriam autorização para entrar na área indígena. Ambos desapareceram no dia 5 de junho durante trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, na Amazônia, enquanto se deslocavam para fazer entrevistas com indígenas da região.
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No último fim de semana, a Polícia Federal confirmou que o material encontrado durante as operações de buscas pertencia à dupla desaparecida. De acordo com nota enviada pela corporação, foram encontrados um cartão de saúde, uma calça, um chinelo e um par de botas pertencentes a Araújo; e um par de botas e uma mochila com roupas de Dom Phillips. As buscam continuam.