Criança de quatro anos é declarada morta mesmo estando viva
Caso ocorreu no Hospital Pirajussara, em Taboão da Serra (SP)
Luciano Teixeira
Um menino de apenas quatro anos teve a morte declarada por médicos de maneira errônea em um hospital na Grande São Paulo. Até o velório da criança chegou a ser marcado. O pequeno Samuel Barbosa da Silva, após o equívoco, agora luta pela vida.
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Uma neurologista do Hospital Pirajussara alegou que o pequeno teve morte encefálica, após avaliar tomografia, mas na verdade o garoto ainda estava vivo.
A família de Samuel levou-o para o Hospital Geral de Carapicuíba há cerca de quinze dias, quando o pequeno alegou fortes dores de cabeça. O garoto passou por consultas em diversas unidades de saúde e, quando chegou ao hospital, o quadro piorou: ele começou a convulsionar e foi internado.
Após a internação, Samuel teve uma parada cardíaca e foi direcionado à UTI. Logo em seguida, foi transferido para o Hospital Pirajussara, onde o grave equívoco ocorreu.
A família do garoto já tinha autorizado o transplante dos órgãos e feito todos os trâmites para o velório e enterro da criança. No entanto, ele foi encaminhado novamente para o Hospital Geral de Carapicuíba e fizeram um exame de eletroencefalograma. A médica detectou que ainda havia ondas no cérebro e o menino estava vivo.
Novos exames foram feitos e revelaram um grave tumor no cérebro de Samuel. A família luta por um tratamento direcionado com especialistas. O menino está internado no hospital de Carapicuíba. Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou que Samuel recebeu "toda a assistência necessária" nos dois hospitais, e que o menino foi avaliado por neurocirurgiões, fez exames complementares e é monitorado por uma equipe médica.
Ainda de acordo com a mãe do menino, houve negligência dos médicos e a família irá fazer um boletim de ocorrência contra o hospital que declarou a morte de Samuel.
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