Após investigações, Gusttavo Lima chora e diz estar "quase jogando a toalha"
Cantor diz que "não compactua com uso de dinheiro público"; MP apura pagamentos de shows por prefeituras
O cantor Gusttavo Lima fez uma transmissão nas redes sociais para se pronunciar sobre as investigações das quais virou alvo em razão da venda de shows para prefeituras. Na live, o artista chorou, disse estar "quase jogando a toalha" e afirmou que "não compactua com uso de dinheiro público", embora tenha recebido verbas de executivos municipais para bancar suas apresentações.
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"Eu nunca me beneficiei de dinheiro público ou empréstimo. A minha vida foi sempre trabalhar, fiz quase 300 shows em 2019. Somos uma equipe gigantesca de colaboradores, que nos ajudam a subir sempre mais um degrau. Não compactuo com uso de dinheiro público, tenho meus impostos em dia", afirmou.
"Estou sofrendo perseguições na minha vida pessoal e profissional. Estou cansado, quase jogando a toalha. É triste ser tratado como um criminoso, um bandido", disse o artista", acrescentou.
Gusttavo Lima vem sendo investigado pelo Ministério Público em Roraima e no Rio de Janeiro. No primeiro estado, ele faria show ao custo de R$ 800 mil em um município de 8 mil habitantes, com o segundo menor PIB de Roraima. Já no segundo, ele se apresentaria no aniversário de Magé, ao custo de R$ 1 milhão -- valor maior que o orçamento destinado à cultura da cidade.
Além disso, em Minas Gerais, o sertanejo teve show cancelado após reportagens apontarem que ele receberia R$ 1,2 milhão oriundos de verba que deveria ser aplicada exclusivamente na educação e na saúde do município.
Essa já não é a primeira vez que cachês pagos em shows públicos geram questionamento. No começo de maio, em Rio Bonito, foram gastos quase dois milhões entre cachês e estrutura para os shows de Zezé de Camargo e Luciano, Ludmilla e Ferrugem. Valor bem maior do que o reservado para investir durante todo o ano em cultura, um total de 957 mil.
Confira o vídeo de Gusttavo Lima: