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Brasil

"Isso não é uma tragédia, isso é uma chacina", desabafa morador sobre chuvas

Número de mortos em Pernambuco chega a 85. Famílias encontram dificuldades para identificar corpos

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Trator em meio a área enlamada e barrrenta após deslizamentos de terra
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Dezenas de mortos, milhares de desabrigados e um drama que parece não ter fim. As chuvas em cidades do Pernambuco, sobretudo na capital e na região metropolitana do Recife, estão devastando famílias inteiras que, em meio à tragédia, ainda encontram dificuldades. 

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Foi reservado um espaço no Instituto Médico-Legal da capital pernambucana para que parentes de vítimas sejam atendidas. No entanto, familiares encontram dificuldades na liberação dos corpos, já que muitos documentos se perderam no barro, na lama e nos escombros dos deslizamentos. Com isso, profissionais do órgão estão recorrendo à base de dados para ter acesso aos documentos digitais dos mortos. 

"Na verdade, isso não é uma tragédia, pra mim isso é uma chacina. Porque todos os anos isso acontece, só que nunca tinha acontecido nessa proporção. E o governo toda vez diz que não tem dinheiro, mas a gente sabe que tem, mas eles não se importam porque pra eles a gente é só número. O povo constrói casa em barreira não é porque acha bonito, não. É porque não tem onde morar", desabafou o mecânico Edson Souza, que perdeu pelo menos dois parentes na região do Monte Verde, entre Recife e Jaboatão. 

Na comunidade do Betel, na capital, um bebê de dez meses não sobreviveu após ficar embaixo dos escombros. Os pais sobreviveram, com ferimentos. Em Jaboatão, um rapaz perdeu a mãe, a esposa e os filhos de quatro e dois anos.  Até a manhã de 2ª feira (30.mai), 85 pessoas morreram.  

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