Exclusivo: Homem que agrediu adolescente em quadra no DF fala sobre caso

O homem que agrediu um adolescente de 14 anos em uma quadra no Núcleo Bandeirante, no Distrito Federal, em 23 de abril, falou pela primeira vez sobre o episódio em entrevista exclusiva ao SBT News. Victor de Sales Batista, de 27 anos, se defendeu das acusações de tentativa de homicídio, reconheceu que agiu da forma errada e pediu desculpas à vítima. 

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Segundo Victor, as desavenças com o garoto são antigas, e no dia do fato, ele já teria se desentendido com o menino, que estaria jogando ovo próximo da sua casa. "Antes da quadra, o rapaz estava na minha grade, estava jogando ovo ali. Eu pedi para ele descer, para ele não jogar. Ele me xingou de idiota e um monte de coisa. Falou que eu não podia mexer com ele, que ele e o irmão poderiam pegar a gente. Essas ameaças que também me irritaram bastante, somadas ao quadro (de saúde) que eu tenho, com as provocações, isso me deixou muito alterado."

Ao ser questionado sobre as imagens da agressão, Victor admite que errou. "Aquela não é a melhor forma de resolver as coisas. Eu estava certo, mas eu passei a estar errado após isso, e acredito que a gente poderia ter resolvido de uma maneira melhor.". Ele também pediu desculpa ao adolescente, mas afirmou que é necessário ter cuidado. De acordo com Victor, o menino tem uma relação conturbada com a vizinhança. Problema que não é resolvido pela mãe.

"Eu queria pedir desculpas pelo o que aconteceu, mas também que é preciso ter cuidado com esses comportamentos, porque existem pessoas aí que podem estourar, fazer algo pior do que eu fiz, e isso, realmente, se ele tem algum problema, tem que ser investigado, tem que buscar um tratamento para ele também.", disse o agressor, que refutou as alegações da advogada da criança de que se trataria de uma tentativa de homicídio.

"Estão dizendo que poderia ser uma tentativa de homicídio. Não, porque isso não foi planejado. Vamos supor, se eu tivesse essa índole ruim, se eu tivesse essa índole ruim, eu faria isso à noite, faria num lugar onde ninguém está vendo, levaria uma arma, uma faca, uma coisa, eu não fui ali planejado para matar ninguém.'