Bolsonaro diz que indulto concedido a Daniel Silveira será cumprido
O presidente também defendeu a exploração de recursos hídricos e minerais em terras indígenas
SBT News
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (25.abr) que o decreto de perdão ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) é constitucional e será cumprido. "O decreto da graça e do indulto é constitucional e será cumprido. No passado soltavam bandidos e ninguém falava nada, hoje eu solto inocentes", declarou o presidente. Na mesma fala, Bolsonaro voltou a dizer que "só Deus o tira da cadeira" de presidente da República e que "povo armado jamais será escravizado". Bolsonaro também cobrou coerência das autoridades, mas não citou nomes. O discurso do presidente foi durante a cerimônia de abertura da 27ª Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) em Ribeirão Preto, São Paulo.
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Bolsonaro voltou a defender a aprovação do Projeto de Lei (PL) 191/2020 que regulamenta a realização da pesquisa e da lavra de recursos minerais e hidrocarbonetos e o aproveitamento de recursos hídricos para geração de energia elétrica em terras indígenas, além de instituir a indenização pela restrição do usufruto de terras indígenas.
Críticas à discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a não definição de um marco temporal para terras indígenas foram direcionadas ao ministro Edson Fachin, relator da caso, e ao STF. "Se isso for definido, tenho duas alternativas: entregar as chaves para o Supremo ou falar que não vou cumprir. O que queremos dos Poderes do Brasil é que olhem para o Brasil, se quiser disputar a Presidência tá aberto, quem sabe essa pessoa seja a terceira via" afirmou.
Bolsonaro ainda defendeu a pauta armamentista, promessa de sua campanha eleitoral de 2018. "Pedi para a Defesa para desburocratizar mais ainda e atender os CACs [caçador, atirador e colecionador], quero nesse ano mais 100 mil CACs no Brasil. [...] Quem é CAC pode comprar fuzil", afirmou.
No evento, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que os investimentos do banco não são mais em "futebol e camarote de carnaval", mas no agronegócio. "Até dezembro de 2024, se não eu devolvo o meu crachá, nós seremos o maior banco do agronegócio", disse.
Agrishow
A feira, uma das maiores de agronegócio da América Latina, voltou a ter presença de público, após três anos. O evento começou nesta 2ª feira (25.abr) e vai até 6ª feira (29.abr).São cerca de 800 expositores nacionais e internacionais em uma área de 520 mil metros quadrados.