Aeroporto de Congonhas terá tecnologia inédita na América Latina
Sistema promete trazer maior segurança para pousos e decolagens e evitar acidentes com o de 2007
A partir de março o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, vai contar com uma tecnologia de segurança para pousos e decolagens inédita na América Latina. Mais de 60 aeroportos nos Estados Unidos, Europa e Ásia têm o sistema.
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Estão em construção duas novas áreas de escape para os aviões. A estrutura de aço, de 13 metros de altura e 75 metros de comprimento, é uma espécie de prolongamento da pista. A tecnologia, batizada de Emas, consegue segurar o avião que não conseguir frear no limite da pista.
São pedras de concreto poroso, mais leves que uma pedra comum, que são colocadas sobre a plataforma e se rompem segurando o avião, que pesa cerca de 70 toneladas e está a uma velocidade de 100 km/h no momento do pouso.
"20% dos acidentes aeronáuticos no mundo acontecem por excursão de pista, ou seja, a aeronave ultrapassa os limites da pista de pousos e decolagens. Havendo uma área específica para absorver esse evento nós eliminamos consideravelmente não apenas a ocorrência dele como os impactos para passageiros e aeronave", afirma Giuliano Capucho, superintendente de engenharia da Infraero no aeroporto.
A tecnologia pode ajudar a evitar acidentes como o que aconteceu em Congonhas em 2007, há quase 15 anos, quando um airbus da TAM cruzou a pista antes de se chocar com o prédio da própria companhia, na avenida Washington Luis, em São Paulo. A tragédia com o voo que veio de Porto Alegre foi o mais grave da aviação comercial brasileira, com 199 mortos. Desde então, medidas de segurança foram adotadas para evitar ou ao menos minimizar outros acidentes.
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