Novo expulsa vereadora Janaína Lima após briga na Câmara Municipal de SP
Ela é acusada de agressão física à vereadora Cris Monteiro, que foi suspensa do partido por um ano
A Comissão de Ética do partido Novo decidiu expulsar da sigla a vereadora Janaína Lima, que se envolveu em uma briga com a então correligionária Cris Monteiro, em novembro do ano passado. A legenda também decidiu manter Cris suspensa por um ano.
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Nas redes sociais, Janaína Lima manifestou sua indignação diante da decisão, a qual ela classificou como "injustiça". A públicação foi feita neste domingo (13.fev)
"Recebo com tristeza e sentimento de forte injustiça tal decisão, considerando ter sido tolhido meu direito à ampla defesa, princípio basilar da democracia", disse a vereadora. "Apenas provas irrefutáveis justificariam tal conclusão, o que não é o caso. Chegou-se a esse resultado sem instrução probatória, de forma inquisidora, sem que me fosse permitida qualquer chance de defesa, já que sequer tive a oportunidade de ser ouvida", acrescentou.
A briga ocorreu enquanto a Câmara Municipal de São Paulo aprovava o projeto que modificava a previdência do funcionalismo público da cidade.
Cris Monteiro e Janaína Lima discutiam por causa do tempo de discurso de cada uma. A briga começou no plenário e terminou no banheiro. Cris afirma que foi empurrada contra a parede e agarrada pelo pescoço pela colega até cair no chão. Imagens de hematomas foram publicadas nas redes.
Janaína, por sua vez, afirma que a agredida foi ela, e que as marcas no pescoço da outra vereadora foram feitas depois do confronto.
As duas vereadoras ainda podem entrar com recurso contra a decisão no Diretório Nacional do partido no prazo de dez dias.
O SBT News tentou entrar em contato com a vereadora Cris Monteiro, mas não obteve resposta até a última atualização desta notícia. O espaço segue aberto.
Veja a nota do Partido Novo na íntegra:
A CEP (Comissão de Ética Partidária) do NOVO refuta veementemente as declarações da Sra. Janaína Lima, de que foi vítima de um julgamento inquisitório, que não lhe foi permitida nenhuma chance de defesa e não foi respeitado o direito ao contraditório por esta Comissão.
O processo teve início a partir de denúncias formalizadas pelo Diretório Municipal de São Paulo e de filiados, inconformados com a grave repercussão que as agressões físicas protagonizadas na Câmara dos Vereadores trouxeram à imagem e à reputação Novo. Houve ampla instrução probatória e a denunciada teve a oportunidade de apresentar sua peça de defesa, tudo conforme preceitua o estatuto e as resoluções internas do partido.
Qualquer condenado em processos administrativos pode recorrer ao Diretório Nacional, e esta possibilidade está aberta à vereadora até o dia 22/02.
Jamais nos eximiremos da responsabilidade que a nós foi atribuída de aplicar as penas que entendermos cabíveis à luz dos fatos e das normas partidárias, seja quem for o denunciado. A dosimetria foi aplicada na medida da gravidade das condutas e do livre convencimento deste colegiado a partir da análise das provas, das denúncias e das defesas.
