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Brasil

Sistema Cantareira está abaixo dos 30%; consumidores relatam falta d'água

Em nota, Sabesp afirmou que reduz pressão da água durante a noite, mas que não há risco de desabastecimento no momento

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Foto de um chuveiro fechado
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Apesar da alta incidência de chuvas em janeiro, o volume de água do Sistema Cantareira, que abastece quase 7 milhões de pessoas na grande São Paulo, segue abaixo dos 30%. Na zona norte da capital paulista, moradores reclamam que as torneiras "secam" no período da noite.

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"Descobrimos pelos vizinhos que depois das oito da noite eles fecham a água aqui da rua. Fica só a da caixa", relatou Guilherme Atalla, que, há 4 meses, se mudou para o Parque Vitória junto da esposa, Mariana. O casal precisou readaptar a rotina em razão da falta d'água. "Não temos um desconto por esse inconveniente", pontuou o atendente.

Os especialistas alertam para a situação, que é considerada crítica. "São cinco anos consecutivos que as chuvas vêm diminuindo. Isso reflete no esvaziamento do reservatório. Se a recuperação for pequena, chegar só a 35%, vai ser preocupante porque nós vamos estar com problemas de abastecimento em julho, agosto", afirmou o professor de hidrologia e gestão de recursos hidrícos Antônio Carlos Zuffo. A expectativa é para o aumento da chuva nos próximos dias e durante o mês de fevereiro. Para ser considerado normal, o manancial deve contar com, ao menos, 60% de sua capacidade.

Em nota, a Sabesp admitiu que reduz a pressão da água durante a noite em toda a região metropolitana de São Paulo. A medida teria como intuito preservar o meio ambiente e reduzir perdas. Ainda, de acordo com a companhia de saneamento, não há risco de desabastecimento no momento, reforçando a necessidade do uso consciente da água por parte dos consumidores.
 

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