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Brasil

Pais sofrem com aumento de mensalidade das escolas

Inflação, investimento em tecnologia e aumento do preço dos materiais fizeram rematrícula subir

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Lápis de cor apontados
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Com o orçamento apertado, os pais estão fazendo as contas nesse início de ano para rematricular os filhos na escola. Alguns colégios estão reajustando os valores bem acima da inflação.

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O desempenho escolar da filha deixou de ser a única preocupação da advogada Luciana Schwab desde que recebeu um comunicado do colégio onde a menina estuda. "Hoje eu pago em torno de R$ 3.300 e tá indo pra R$ 4.004. Ou mantenho a mensalidade da escola, ou mantenho o curso de ingles, entao alguma coisa vai ter que cortar", afirma.

A inflação, 10,25% em 12 meses, é a principal referência das escolas para o reajuste das mensalidades. Mas não é a única. Custos como folha de pagamento de funcionários colaboram para a revisão do valor cobrado das famílias.

"Nós tivemos um reajuste absrudo de aluguel que é baseado no igpm. Apesar das tentativas de acordo, subiram acima da inflação o custo de enegia, que pesou no bolso de todo mundo", diz Marcos Valverde, diretor financeiro da escola.

Além dos custos fixos, investimentos em infraestrutura também entram nessa conta. Neste período de pandemia, foram muitas as escolas que investiram pesado em tecnologia para que fosse possível continuar com as aulas on-line. Por lei, não existe um teto para o reajuste de mensalidades escolares. Valem o bom senso e a negociação.

"Eu não tenho como imaginar que uma escola vá aplicar menos do que a inflação e menos do que isso, você afeta a saude financeira das empresas. A lei do mercado vai acabar direcionando as familias que nao vão conseguir arcar com esses custos", diz Marcos.

"Acho que precisa haver bom senso, de ambas as partes, tanto dos pais, que eu acho que precisam conversar, ter um diálogo com a escola, como por parte da escola", afirma a advogada.

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