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PF deflagra esquema de tráfico de mulheres em Porto Alegre

O destino seria a Belarus, no leste europeu: um empresário e o pai dele foram indiciados pelo crime

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Em Porto Alegre, a Polícia Federal indiciou, nesta 5ª feira (19.ago), um empresário e o pai dele por tráfico internacional de pessoas e exploração sexual de mulheres. O SBT Brasil teve acesso exclusivo ao depoimento de uma das vítimas.

A jovem de 18 anos morou seis meses com o namorado, o empresário Bruno Nunes Ramires, na capital rio-grandense, com a promessa de ganhar muito dinheiro. Durante a estadia no local, ela já era obrigada a fazer vídeos pornográficos. 

Em depoimento, ela contou que ficava presa e que "tinha que perder peso e malhar até não conseguir caminhar".

O casal se mudou para Belarus, no leste europeu, em agosto do ano passado. A gaúcha relatou que era forçada a se expor a práticas sexuais transmitidas pela internet, trabalhando até 12 horas por dia.

Segundo ela, a meta do empresário era "montar um estúdio gigante, com dez meninas, e ela seria o braço direito do cafetão".

"As mulheres aliciadas eram marcadas com uma tatuagem. Geralmente, é o sobrenome do dono, do empresário, e ocupa quase que a totalidade da largura do quadril da moça, uma tatuagem enorme", disse o delegado da PF, João Luiz Rocha. 

A vítima fugiu em setembro e ficou refugiada na embaixada do Brasil em Belarus. Bruno foi preso com a ajuda da interpol e extraditado no início do ano.

A Polícia Federal concluiu, nesta semana, o inquérito e indiciou o empresário pelos crimes de tráfico de pessoas, cárcere privado, estupro, tortura, lesão corporal e condição análoga à escravidão.

O pai do empresário também foi indiciado por participar do esquema.

Veja reportagem do SBT Brasil:

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