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Brasil

Neve no Sul foi resultado de ciclone no oceano interagindo com ar polar

Pancadas fortes e intensas de neve vieram com vento de 70 km/h a 80 km/h

Imagem da noticia Neve no Sul foi resultado de ciclone no oceano interagindo com ar polar
Fenômeno foi equivalente ao chamado blizzard, que ocorre nos EUA | Divulgação
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Nos últimos dois dias, o Estado do Rio Grande do Sul presenciou um dos maiores eventos de neve já registrados em décadas. Segundo o sistema meteorológico MetSul, o fenômeno foi resultado da instabilidade de circulação do ciclone no oceano, que interagiu com o ar polar.

Os meteorologistas informaram que as nuvens com precipitação do ciclone chegaram ao Uruguai, onde também causaram ocorrências raras de neve no país. Depois, as nuvens foram direcionadas para o Rio Grande do Sul, gerando instabilidade nas áreas no Sul do Estado pela manhã e, no final do dia, no Norte gaúcho. Como eram nuvens de grande desenvolvimento vertical, a intensidade da massa de ar polar acabou transformando o que era para ser uma forte chuva, em neve.

As pancadas fortes e intensas de neve foram de curta duração e vieram com vento de 70 km/h a 80 km/h, com forte redução da visibilidade. Ainda segundo a MetSul, por cerca de meia hora, o fenômeno foi equivalente ao que os norte-americanos denominam de blizzard, com a passagem da faixa de instabilidade com neve intensa em um curto período de tempo.

Assim, pontos dos Aparados da Serra tiveram uma maior acumulação. O vento gerou o que se chama de efeito de drifting, em que a neve carregada pelo vento se acumula junto a obstáculos como cercas, carros e telhados.
 

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