Neve no Sul foi resultado de ciclone no oceano interagindo com ar polar
Pancadas fortes e intensas de neve vieram com vento de 70 km/h a 80 km/h
SBT News
Nos últimos dois dias, o Estado do Rio Grande do Sul presenciou um dos maiores eventos de neve já registrados em décadas. Segundo o sistema meteorológico MetSul, o fenômeno foi resultado da instabilidade de circulação do ciclone no oceano, que interagiu com o ar polar.
Os meteorologistas informaram que as nuvens com precipitação do ciclone chegaram ao Uruguai, onde também causaram ocorrências raras de neve no país. Depois, as nuvens foram direcionadas para o Rio Grande do Sul, gerando instabilidade nas áreas no Sul do Estado pela manhã e, no final do dia, no Norte gaúcho. Como eram nuvens de grande desenvolvimento vertical, a intensidade da massa de ar polar acabou transformando o que era para ser uma forte chuva, em neve.
TEMPO | Muita neve em São Francisco de Paula com acumulação. Vídeo de Davis Pinheiro. pic.twitter.com/oLg4cnJ96L
? MetSul.com (@metsul) July 28, 2021
As pancadas fortes e intensas de neve foram de curta duração e vieram com vento de 70 km/h a 80 km/h, com forte redução da visibilidade. Ainda segundo a MetSul, por cerca de meia hora, o fenômeno foi equivalente ao que os norte-americanos denominam de blizzard, com a passagem da faixa de instabilidade com neve intensa em um curto período de tempo.
Assim, pontos dos Aparados da Serra tiveram uma maior acumulação. O vento gerou o que se chama de efeito de drifting, em que a neve carregada pelo vento se acumula junto a obstáculos como cercas, carros e telhados.