Jogos Olímpicos: Brasil pode ter desempenho similar à Rio 2016, diz COB
Na última edição dos Jogos, Brasil obteve o 13º lugar com 19 medalhas, sendo 7 de ouro
SBT News
O vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco Antônio La Porta, acredita que os atletas brasileiros podem conquistar um número de medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, similar aos obtidos na Rio 2016. Na última edição dos Jogos, o Brasil ficou em 13º lugar com 19 medalhas, sendo 7 de ouro.
La Porta, que será chefe da Missão Olímpica do Brasil em Tóquio, explicou que o COB não havia definido uma meta de número de medalhas para Tóquio 2020, para não gerar uma pressão desnecessária nos atletas. No entanto, de acordo com o desempenho das equipes antes da pandemia, a expectativa era de se aproximar e talvez superar os resultados da Rio 2016.
"Com a pandemia, a gente ficou um pouco sem referência, porque as competições pararam, a gente não tem o contato com os outros atletas, o confronto com os outros atletas, como estão os atletas dos outros países. Com a retomada das competições a gente tem visto alguns bons resultados que nos têm alegrado bastante. A gente percebeu o quanto foi importante aquela Missão Europa [que levou mais de 200 atletas para treinar na Europa em 2020] que nós fizemos. A gente entende hoje, tem uma convicção, de que vamos chegar muito próximo do número de medalhas [da Rio 2016], mas decidimos não estabelecer nenhuma meta para os atletas", disse o vice-presidente em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil.
La Porta também disse que este é o ciclo olímpico mais desafiador da história do país devido a pandemia do novo coronavírus. "Houve um impacto muito importante no atleta, na questão psicológica. Você imagina um atleta que se prepara há quatro anos, está nas portas dos Jogos e os Jogos simplesmente são adiados."
Segundo o vice-presidente, os atletas ficaram até três meses sem condições de treinar e o COB disponibilizou uma equipe de psicólogos do comitê olímpico para dar um suporte durante esse período.
Questionado sobre a segurança da saúde dos atletas nos Jogos Olímpicos, La Porta assegurou que estão "preparando a missão com um grande desafio, que é proporcionar ao atleta que ele tenha a melhor performance possível ao mesmo tempo com segurança, principalmente para a sua saúde. A gente criou vários protocolos de testagem antes da viagem, testagem durante o Japão, de forma que a gente tenha o maior controle possível sobre o atleta".