Menino é encontrado morto em bairro nobre de SP; Mãe é a principal suspeita
Segundo investigação da polícia, mulher teria sofrido surto psicótico ao cometer crime
A Polícia Civil investiga a morte do menino Gael de Freitas Nunes, de 3 anos, ocorrida na manhã de segunda-feira (10.mai), no centro da Capital. A sua mãe é a principal acusada de envolvimento na morte do menino.
Ela chegou no final nesta madrugada (11.mai), no distrito policial do Morumbi (89ºDP), após passar a madrugada prestando depoimento. A investigação policial constatou que a criança apresentava diversas marcas pelo corpo e a principal suspeita é de que a mãe, Andreia Freitas, de 37 anos, teria espancado o filho.
O garoto ainda foi socorrido em parada cardiorrespiratória por uma equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado à Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, na Vila Buarque, região central da capital paulista, mas não resistiu e acabou morrendo.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, o menino foi encontrado desacordado pela tia-avó Maria Nanete de Freitas, na cozinha do apartamento da família, na alameda Joaquim Eugênio de Lima, na Bela Vista.
No imóvel mora também uma garota, de 13 anos, irmã do menino. Foi a adolescente, inclusive, quem acionou o SAMU.
A mãe da criança teria sofrido um surto psicótico e foi encaminhada ao Hospital do Mandaqui, na zona norte de São Paulo. A tia-avó relatou aos policiais que deu mamadeira para a criança e ficaram na sala assistindo TV.
Após alguns minutos, o garoto foi até a cozinha. A tia-avó disse que começou ouvir choros, mas achou que o menino estivesse apenas pedindo colo para a mãe.
Cerca de cinco minutos depois, começou a ouvir barulhos fortes de batidas na parede e acreditou que viriam de um apartamento vizinho.
Após dez minutos, a tia-avó passou a ouvir o barulho de vidro quebrando na cozinha e, quando chegou ao cômodo, a criança estava deitada no chão com vômito e coberta por uma toalha de mesa. Gael ainda foi socorrido por uma equipe do SAMU, mas não resistiu e acabou morrendo.
Já no início da madrugada desta terça-feira, Andreia foi conduzida à 1ª DDM, onde prestou depoimento até às 05h da manhã. Depois, foi encaminhada ao Instituto Médico Legal, no Jardim Paulista, para fazer o exame de corpo de delito e em seguida para retornar ao 89º Distrito Policial, do Portal do Morumbi onde ficará de forma temporária em carceragem destinada para abrigar mulheres.
O caso será investigado pela 1ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que fica no prédio da Casa da Mulher Brasileira (Centro de Atendimento Humanizado e Especializado no Atendimento à Mulher em Situação de Violência Doméstica), no Cambuci.