Brasil
Henry ligou para a mãe após apanhar de Jairinho, diz testemunha
Depoimento da cabeleireira de Monique Medeiros mostra que menino avisou sobre as agressões
Luan Borges
• Atualizado em
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O depoimento de uma cabeleireira que atendia Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, revela que a criança havia alertado a mãe sobre as agressões sofridas por parte do vereador Dr. Jairinho. O SBT News teve acesso ao depoimento da testemunha, que não teve a identidade revelada.
A cabeleireira declara que no dia 12 de fevereiro, mesmo dia que a empregada da família relata as agressões de Jairinho a Henry, atendeu Monique Medeiros e que ouviu a conversa dela com a criança.
Em uma chamada de vídeo, Henry perguntou para a mãe: "Mãe, eu te atrapalho? O tio disse que te atrapalho". Monique respondeu que não, de forma alguma. A cabeleireira reparou que Henry chorava e pedia: "Mamãe, vem pra casa". Monique questionou sobre o que havia acontecido e o menino respondeu: "O tio bateu" ou "o tio brigou". Em conversa de Monique com a babá Thayná, a mãe pergunta novamente o que aconteceu e a babá responde que não viu "porque a porta estava trancada".
A cabeleireira então afirma, em depoimento, que deixou Monique na "pausa" para hidratar o cabelo e retornou 10 minutos depois para terminar a escova. Neste momento, ela afirma que Monique recebeu uma ligação que já atendeu dizendo "você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada", afirmando se tratar da mesma pessoa a que Henry se referia.
Na mesma ligação, Monique, gritando ao telefone, disse: "Quebra, pode quebrar tudo mesmo, você já está acostumado mesmo". Monique, então, desligou a ligação e perguntou para a cabeleireira se ela sabia se tinha alguma loja que vendesse câmeras no shopping. Monique pediu para que ela terminasse logo o atendimento e saiu apressada do salão.
Monique ainda esteve no salão duas vezes antes da morte de Henry, mas não foi atendida pela testemunha. Em 12 de março, após a morte de Henry, Monique foi ao salão e a testemunha só viu ela de longe, mas pôde perceber que a mãe de Henry estava abatida.
Os fatos narrados por esta nova testemunha coincidem com o novo depoimento da empregada do casal, Leila Rosângela de Souza. Ela admitiu ter visto o menino mancando e com "cara de apavorado" ao sair do quarto do casal no dia 12 de fevereiro, após ficar trancado com Jairinho.
Leila afirmou que Jairinho e Henry ficaram isolados por cerca de 10 minutos neste no dia no quarto do casal. Ela disse, no entanto, que não ouviu nenhum barulho porque passava a maior parte do tempo na cozinha. A empregada também disse que via o casal tomando muitos remédios, e que Monique dava medicação para ansiedade a Henry três vezes por dia, além de xarope de maracujá. Segundo ela, Monique dava os remédios para a criança porque "ele chorava o tempo todo e vomitava de vez em quando".
Leia também:
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Pai de Henry aconselha mãe a dizer "a verdade" sobre a morte do filho
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Em uma chamada de vídeo, Henry perguntou para a mãe: "Mãe, eu te atrapalho? O tio disse que te atrapalho". Monique respondeu que não, de forma alguma. A cabeleireira reparou que Henry chorava e pedia: "Mamãe, vem pra casa". Monique questionou sobre o que havia acontecido e o menino respondeu: "O tio bateu" ou "o tio brigou". Em conversa de Monique com a babá Thayná, a mãe pergunta novamente o que aconteceu e a babá responde que não viu "porque a porta estava trancada".
A cabeleireira então afirma, em depoimento, que deixou Monique na "pausa" para hidratar o cabelo e retornou 10 minutos depois para terminar a escova. Neste momento, ela afirma que Monique recebeu uma ligação que já atendeu dizendo "você nunca mais fale que meu filho me atrapalha, porque ele não me atrapalha em nada", afirmando se tratar da mesma pessoa a que Henry se referia.
Na mesma ligação, Monique, gritando ao telefone, disse: "Quebra, pode quebrar tudo mesmo, você já está acostumado mesmo". Monique, então, desligou a ligação e perguntou para a cabeleireira se ela sabia se tinha alguma loja que vendesse câmeras no shopping. Monique pediu para que ela terminasse logo o atendimento e saiu apressada do salão.
Monique ainda esteve no salão duas vezes antes da morte de Henry, mas não foi atendida pela testemunha. Em 12 de março, após a morte de Henry, Monique foi ao salão e a testemunha só viu ela de longe, mas pôde perceber que a mãe de Henry estava abatida.
Os fatos narrados por esta nova testemunha coincidem com o novo depoimento da empregada do casal, Leila Rosângela de Souza. Ela admitiu ter visto o menino mancando e com "cara de apavorado" ao sair do quarto do casal no dia 12 de fevereiro, após ficar trancado com Jairinho.
Leila afirmou que Jairinho e Henry ficaram isolados por cerca de 10 minutos neste no dia no quarto do casal. Ela disse, no entanto, que não ouviu nenhum barulho porque passava a maior parte do tempo na cozinha. A empregada também disse que via o casal tomando muitos remédios, e que Monique dava medicação para ansiedade a Henry três vezes por dia, além de xarope de maracujá. Segundo ela, Monique dava os remédios para a criança porque "ele chorava o tempo todo e vomitava de vez em quando".
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