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Brasil

Autoridades se manifestam nas redes sociais sobre o 31 de março

Data marcou o início do regime militar no Brasil, há 57 anos

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Militares
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Políticos e autoridades manifestaram-se, nas redes sociais, sobre o regime militar no Brasil, cujo início completa 57 anos nesta 4ª feira (31.mar). Enquanto a maior parte, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), condenou o período, alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) saíram em defesa do movimento que culminou na tomada do poder pelas Forças Armadas.

Entre os 30 assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta 4ª, 14 faziam referência ao 31 de março. Em primeiro lugar estava a tag #DitaduraNuncaMais, que foi usada por nomes como os candidatos à Presidência em 2018 Guilherme Boulos (PSOL), Ciro Gomes (PDT) e Manuela D'Ávila (PCdoB). "Lembrar o horror para jamais repetir", escreveu Boulos. Manuela, por sua vez, lembrou uma frase do constituinte Ulysses Guimarães: "Traidor da Constituição é traidor da pátria. Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo".
Ministros do STF também fizeram críticas contundentes ao regime militar. "Só pode sustentar que não houve ditadura no Brasil quem nunca viu um adversário do regime que tenha sido torturado, um professor que tenha sido cassado ou um jornalista censurado. Tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras, não de democracias", publicou Luís Roberto Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "O dia 31/03 não comporta a exaltação de um golpe que lançou o país em anos de uma ditadura violenta e autoritária", pontuou Gilmar Mendes.
     

A fala de Gilmar sobre celebrações refere-se diretamente ao governo Bolsonaro, que garantiu na Justiça o direito de comemorar a data como "marco da democracia". Em seu primeiro ato no cargo, o novo ministro da Defesa, general Braga Netto publicou um documento em que afirma que "o movimento de 1964 é parte da trajetória história do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março".

Apoio
Entre os que publicaram mensagens de apoio ao movimento das Forças Armadas estão o deputado estadual de Minas Gerais Bruno Engler (PRTB) e os deputados federais Junio Amaral (PSL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

"Em 31 de março de 1964, as Forças Armadas agiram dentro da lei, com massivo e prévio apoio popular, garantindo um Brasil livre", escreveu o filho do presidente da República.
 
 
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