Autoridades se manifestam nas redes sociais sobre o 31 de março
Data marcou o início do regime militar no Brasil, há 57 anos
Entre os 30 assuntos mais comentados do Twitter na manhã desta 4ª, 14 faziam referência ao 31 de março. Em primeiro lugar estava a tag #DitaduraNuncaMais, que foi usada por nomes como os candidatos à Presidência em 2018 Guilherme Boulos (PSOL), Ciro Gomes (PDT) e Manuela D'Ávila (PCdoB). "Lembrar o horror para jamais repetir", escreveu Boulos. Manuela, por sua vez, lembrou uma frase do constituinte Ulysses Guimarães: "Traidor da Constituição é traidor da pátria. Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo".
Lembrar o horror pra jamais repetir. #DitaduraNuncaMais
? Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) March 31, 2021
Foi ditadura.
? Ciro Gomes (@cirogomes) March 31, 2021
Houve tortura.
A Terra é redonda.
Nunca foi uma gripezinha.
Simples e direto assim!#DitaduraNuncaMais
Como disse Ulysses Guimarães,
? Manuela (@ManuelaDavila) March 31, 2021
"Traidor da Constituição é traidor da pátria. Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo". #DitaduraNuncaMais pic.twitter.com/DfoJovkNim
Ministros do STF também fizeram críticas contundentes ao regime militar. "Só pode sustentar que não houve ditadura no Brasil quem nunca viu um adversário do regime que tenha sido torturado, um professor que tenha sido cassado ou um jornalista censurado. Tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras, não de democracias", publicou Luís Roberto Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "O dia 31/03 não comporta a exaltação de um golpe que lançou o país em anos de uma ditadura violenta e autoritária", pontuou Gilmar Mendes.
PARA AS NOVAS GERAÇÕES:
? Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) March 31, 2021
Só pode sustentar que não houve ditadura no Brasil quem nunca viu um adversário do regime que tenha sido torturado, um professor que tenha sido cassado ou um jornalista censurado. Tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras, não de democracias.
As regras eleitorais eram manipuladas. Ditaduras vêm com intolerância, violência contra os adversários e falta de liberdade. Apesar da crise dos últimos anos, o período democrático trouxe muito mais progresso social que a ditadura, com o maior aumento de IDH da América Latina.
? Luís Roberto Barroso (@LRobertoBarroso) March 31, 2021
O dia 31/03 não comporta a exaltação de um golpe que lançou o país em anos de uma ditadura violenta e autoritária. Ao contrário: é momento de exaltar o valor da nossa democracia conquistada com suor e sangue. Viva o Estado de Direito. #DitaduraNaoSeComemora
? Gilmar Mendes (@gilmarmendes) March 31, 2021
A fala de Gilmar sobre celebrações refere-se diretamente ao governo Bolsonaro, que garantiu na Justiça o direito de comemorar a data como "marco da democracia". Em seu primeiro ato no cargo, o novo ministro da Defesa, general Braga Netto publicou um documento em que afirma que "o movimento de 1964 é parte da trajetória história do Brasil. Assim devem ser compreendidos e celebrados os acontecimentos daquele 31 de março".
Apoio
Entre os que publicaram mensagens de apoio ao movimento das Forças Armadas estão o deputado estadual de Minas Gerais Bruno Engler (PRTB) e os deputados federais Junio Amaral (PSL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
"Em 31 de março de 1964, as Forças Armadas agiram dentro da lei, com massivo e prévio apoio popular, garantindo um Brasil livre", escreveu o filho do presidente da República.
Em 31 de março, de 1964, as Forças Armadas agiram DENTRO DA LEI, com massivo e prévio APOIO POPULAR, garantindo um BRASIL LIVRE
? Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) March 31, 2021
Embora a história contada pelos mesmos bandidos da esquerda, lembremos sempre: quem defendia a DEMOCRACIA não eram eles, mas os bravos membros das FFAA pic.twitter.com/qq25Dg9gTj
Há exatos 57 anos, fez-se necessária a intervenção dos militares para erradicar a tentativa de um golpe comunista nesse país. Agradeço às Forças Armadas por nos livrarem desses facínoras. #Viva31deMarço
? Junio Amaral (@cabojunioamaral) March 31, 2021