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Residentes protestam contra condições de trabalho no Hospital São Paulo

Clínica geral está sem insumos básicos para atender pacientes; Outras áreas podem parar até sexta

Imagem da noticia Residentes protestam contra condições de trabalho no Hospital São Paulo
Amanda Campos/SBT
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Assista ao boletim da repórter Amanda Campos, com imagens de Márcio Ronald


Pelo menos 40 residentes de clínica médica da Unifesp, Universidade Federal de São Paulo, se manifestaram nesta terça-feira (9 fev.) na frente do hospital universitário da instituição, na Vila Mariana, zona sul da capital paulista, exigindo melhorias para atender pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). 

De acordo com Mateus Franco, R2 de clínica médica e um dos líderes do protesto, faltam cerca de 80 medicamentos básicos, como antibióticos, além de luvas estéreis e equipamentos de segurança para exames. 

"Pacientes chegam com dor e quadros que exigem análise mais específica e não conseguimos nem colher sangue porque não há luvas para procedimentos básicos. A luta é pelo paciente", afirma. Ele ressalta que os professores da universidade não apoiam o movimento. 


Medicos residentes reclamam que falta o básico para o trabalho diário | Foto: Amanda Campos/SBT News

Outro R2 de clínica médica, Gabriel Barroso destaca que mais áreas vão parar a partir desta sexta-feira (12). "Pediatria e outras especialidades também estão trabalhando com o mínimo dos recursos e vão se juntar ao movimento". 

Apesar do grande número de manifestantes, os atendimentos hospitalares foram mantidos com um número reduzido de profissionais, segundo os residentes. 


Residentes dizem que luvas descartáveis terminaram no começo da semana. Falta insumos para o trabalho | Foto: Amanda Campos/SBT News
 

Outro lado: Conselho Estratégico trabalha para reverter situação 


O Hospital São Paulo, conhecido também por Hospital Universitário da Unifesp, alegou em nota que a unidade tornou-se prioritária para atendimento de casos de covid-19, atendendo a um grande volume de pacientes graves, que geraram maiores custos, que geraram custos não previstos no orçamento da instituição. "O pronto-socorro da unidade permaneceu aberto à população, atendendo a um alto número de pacientes - quase 1.000 por dia, em média", explica a nota enviada ao SBT News.


Hospital alega falta de recursos e promete reverter a situação | Foto: Amanda Campos/SBT News

A comunicação do hospital também explicou que doações e incentivos fiscais devido à pandemia, recebidos até meados de 2020, foram interrompidos e que por meio do Conselho Estratégico tem trabalho para solucionar a falta dos insumos, que ocorreu pelo aumento de atendimentos e internações na unidade. 

"Parte dos itens em falta é substituída por similares e os demais estão em processo de aquisição emergencial, sendo que existe a previsão de normalização mínima dos estoques em até 48 horas. Caso a greve se concretize, o comitê de crise da instituição avaliará permanentemente a adesão dos profissionais, visando a tomada de decisões, para manutenção do atendimento aos pacientes", finaliza.

Assista à reportagem completa do SBT Brasil
 


 
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