Publicidade
Brasil

O que é o "QG da Propina"? Entenda a denúncia que levou Crivella à prisão

Gestão do prefeito foi marcada por controvérsia como os "Guardiões do Crivella" e o "Fala com a Márcia"

Imagem da noticia O que é o "QG da Propina"? Entenda a denúncia que levou Crivella à prisão
Crivella
• Atualizado em
Publicidade
A investigação sobre o esquema de corrupção que envolve o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), começou em 2018, a partir da delação do doleiro Sérgio Mizrahy. Ele admitiu ser o responsável pela lavagem de dinheiro.

Saiba mais:
O chefe dessa organização criminosa, que segundo os investigadores atuava dentro da Prefeitura do Rio, seria o empresário Rafael Alves. Apesar de não ter nenhum cargo oficial na prefeitura, Alves dava expediente na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, onde, de acordo com as investigações, funcionava o "QG da Propina".

No mesmo prédio, uma imponente obra construída no coração da Barra da Tijuca pelo ex-prefeito César Maia com o intuito de receber óperas e orquestras, dava expediente Marcelo Alves, presidente da Riotur e irmão de Rafael Alves. Era a partir dessa influência de Rafael que surgiu o esquema de propina e extorsão de empresários que queriam fazer contratos com a prefeitura. A partir da propina, o empresário facilitaria a assinatura de contrato e pagamentos das dívidas.

Na primeira fase da operação, enquanto a casa de Rafael Alves era alvo de busca e apreensão, o delegado atendeu uma chamada identificada como "Prefeito Crivella Novo 2". O interlocutor se identificou como o prefeito, que disse: "Bom dia Rafael, está tendo uma busca e apreensão na Riotur, você está sabendo?"

Guardiões do Crivella

Além do "QG da Proprina", o prefeito se envolveu em outra controvérsia num episódio conhecido como "Guardiões do Crivella". Funcionários comissionados eram colocados para coibir matérias que criticassem a atuação de jornalistas nas portas de hospitais municipais. A denúncia, feita pela TV Globo, revelou que na "tropa" de Crivella havia 23 pessoas, com salários entre R$ 18 mil e R$ 2 mil.

O caso originou uma CPI contra Crivella na Câmara de Vereadores, onde acabou absolvido.

Fala com a Márcia

O primeiro escândalo envolvendo Crivella foi o caso que ficou conhecido como "fala com a Márcia". Durante uma pregação, o prefeito orientou aos "irmãos" que procurassem a servidora para que furassem a fila do Sisreg (Sistema Nacional de Regulação). Uma CPI também foi aberta para apurar o tema, mas Crivella foi novamente absolvido.

Campanha na Comlurb

Marcelo Crivella também foi alvo de uma CPI por pedir votos ao filho, Marcelo Hodge Crivella, durante uma solenidade oficial na Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana do Rio). Um funcionário, que não quis se identificar, afirmou que todos os funcionários foram obrigados a participar. O local foi adesivado com o número do filho e de seu apoiado ao senado. Por causa disso, Crivella se tornou inelegível por 8 anos por decisão do TRE-RJ, mas que foi derrubada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Com informações do SBT Rio
Publicidade
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade
Publicidade