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Brasil

Joga fora no lixo? Cresce destinação inadequada de resíduos

De 2010 a 2019, o número de rejeitos jogados de forma incorreta cresceu 16% no Brasil

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Lixo descartado de forma irregular
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Para onde vai o nosso lixo produzido diariamente? A garrafa plástica, o saquinho de papel, restos de comida: uma infinidade de resíduos que, se descartados incorretamente, afetam diretamente o nosso dia a dia.

E já estão afetando, já que em uma década, a destinação incorreta de lixo aumentou 16%. É o que revela o Panorama de Resíduos Sólidos no Brasil 2020, iniciativa da Associação brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abralpe).

Enquanto em 2010 o volume descartado erroneamente foi de 25,3 milhões de toneladas, para 29,4 milhões em 2019. O montante é reflexo do total descartado de forma incorreta, passando de 43,2% destinados a lixões ou aterros, para 59,5% no ano passado.

Com isso, cerca de 77,6 milhões de brasileiros tem a saúde prejudicada diretamente pelo lixo jogado de qualquer maneira, sendo que o custo ambiental e para a saúde chega a impressionantes US$ 1 bilhão por ano.

Nesse cenário, serão precisos 55 anos para encerrar todos os lixões e aterros controlados em todo o país. A Abralpe estima que até 2050 a produção de lixo vai aumentar em 50%.

E a montanha não para de crescer: no total, os brasileiros geraram 79,6 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos, enquanto em 2010 esse número era de 67 milhões. Daqui a 30 anos, é possível que esse número alcance 120 milhões de toneladas anualmente.

O que tem no nosso lixo?

Segundo o levantamento, materiais orgânicos, como restos de comida, representam 45,3%, ou 36 milhões de toneladas/ano. Essa "fatia" denota, portanto, que o desperdício de alimentos é gritante.

Recicláveis secos, como plásticos (16,8%), papel e papelão (10,4%), vidros (2,7%) e metais (2,3%) vêm na sequência. Rejeitos ou materiais sanitários correspondem a 14,1% e resíduos como borracha, tecido ou couro são 5,6%.
 
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