Brasil
Imagens mostram motorista chegando a um bar na noite do atropelamento de ciclista
Reportagem do SBT News conseguiu imagens do homem que atropelou e matou a ciclista Marina Harkot
SBT News
• Atualizado em
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O microempresário José Maria da Costa Júnior, de 33 anos, esteve na Vila Madalena, bairro boêmio da zona oeste de São Paulo, antes de atropelar e matar a cicloativista Marina Harkot, de 28 anos, na madrugada do último domingo (1 nov.). É o que mostram imagens obtidas com exclusividade pelo SBT News (veja abaixo). Câmeras de segurança registraram quando José Maria chega em um estacionamento ao lado do bar Zé da Praia, onde, segundo testemunhas ouvidas pela polícia, ele consumiu bebida alcoolica.
José Maria não prestou socorro a Marina e fugiu em direção à casa dele. O atropelamento aconteceu na Avenida Paulo VI em Pinheiros. Imagens da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), às quais o SBT News também teve acesso mostram o carro passar a 93/km pela Avenida Sumaré, a poucos metros de onde Marina foi morta. O limite na via é de 50 km/h. O microempresário foi multado por excesso de velocidade.
Câmeras de segurança também registraram quando José Maria esconde o veículo em um estacionamento ao lado do prédio onde ele mora, no centro da cidade. Ivanildo dos Santos Ribeiro, gerente do local, estranhou a ligação durante a madrugada. "Ele aparentava estar alcoolizado, sim. Naquele momento, a gente percebia que ele estava falando meio mole", diz. Ivanildo também afirma ter visto o microempresário segurar uma garrafa de vinho. O microempresário quis levar a chave do carro e disse a Ivanildo que faria uma viagem e, por isso, não apareceria nos próximos dias.
No elevador do prédio, José Maria foi filmado mais uma vez na noite do atropelamento. Ele conversa com uma mulher e chega a sorrir. Marina já estava morta quando essas imagens foram gravadas. Laudos feitos pela perícia encontraram fios de cabelo no para-brisa do carro, o que indica que a cicloativista foi atingida na região da cabeça. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu antes de receber atendimento médico.
Na última terça feira (10 nov.), a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do microempresário. Ele se apresentou na delegacia horas depois, acompanhado por quatro advogados. Saiu pela porta da frente, já que a Justiça ainda não analisou o pedido. O Código Eleitoral também prevê que prisões estão proibidas cinco dias antes das eleições, exceto em casos de flagrante.
A bicicleta era o meio de locomoção de Marina Harkot. Ela era socióloga, pesquisadora em mobilidade urbana pela Universidade de São Paulo (USP) e lutava por uma cidade mais inclusiva. De janeiro a setembro deste ano, 297 ciclistas morreram no trânsito em São Paulo, segundo levantamento do Infosiga SP. A média é de uma morte por dia.
José Maria não prestou socorro a Marina e fugiu em direção à casa dele. O atropelamento aconteceu na Avenida Paulo VI em Pinheiros. Imagens da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), às quais o SBT News também teve acesso mostram o carro passar a 93/km pela Avenida Sumaré, a poucos metros de onde Marina foi morta. O limite na via é de 50 km/h. O microempresário foi multado por excesso de velocidade.
Câmeras de segurança também registraram quando José Maria esconde o veículo em um estacionamento ao lado do prédio onde ele mora, no centro da cidade. Ivanildo dos Santos Ribeiro, gerente do local, estranhou a ligação durante a madrugada. "Ele aparentava estar alcoolizado, sim. Naquele momento, a gente percebia que ele estava falando meio mole", diz. Ivanildo também afirma ter visto o microempresário segurar uma garrafa de vinho. O microempresário quis levar a chave do carro e disse a Ivanildo que faria uma viagem e, por isso, não apareceria nos próximos dias.
No elevador do prédio, José Maria foi filmado mais uma vez na noite do atropelamento. Ele conversa com uma mulher e chega a sorrir. Marina já estava morta quando essas imagens foram gravadas. Laudos feitos pela perícia encontraram fios de cabelo no para-brisa do carro, o que indica que a cicloativista foi atingida na região da cabeça. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu antes de receber atendimento médico.
Na última terça feira (10 nov.), a Polícia Civil pediu a prisão preventiva do microempresário. Ele se apresentou na delegacia horas depois, acompanhado por quatro advogados. Saiu pela porta da frente, já que a Justiça ainda não analisou o pedido. O Código Eleitoral também prevê que prisões estão proibidas cinco dias antes das eleições, exceto em casos de flagrante.
A bicicleta era o meio de locomoção de Marina Harkot. Ela era socióloga, pesquisadora em mobilidade urbana pela Universidade de São Paulo (USP) e lutava por uma cidade mais inclusiva. De janeiro a setembro deste ano, 297 ciclistas morreram no trânsito em São Paulo, segundo levantamento do Infosiga SP. A média é de uma morte por dia.
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