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Manifestações a favor de Evo Morales terminam com 9 pessoas mortas

Bolívia vive turbulência política desde a reeleição de Evo. Em quatro semanas de protestos, 17 pessoas foram mortas. 14 somente nos últimos seis dias

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Manifestações a favor de Evo Morales terminam com 9 pessoas mortas
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A 400 quilômetros de La Paz, a cidade de Sacaba velou, no meio da rua, nove pessoas mortas durante confronto com a polícia em uma manifestações a favor do ex-presidente Evo Morales, na Bolívia. 

De acordo com a Defensoria do Povo da Bolívia, no município de Cochabamba, as forças de segurança tentaram impedir a marcha de apoiadores. Sacaba, conhecida como município reduto político de Evo Morales, também houveram manifestações com confrontos.

Manifestantes acusam a polícia de ter utilizado armas de fogo contra os manifestantes. Projéteis encontrados no local do confronto foram utilizados como provas por eles, que questionaram a democracia do novo governo. 

A Comissão Internacional de Defesa dos Direitos Humanos da OEA, condenou o "uso desnecessário e desproporcional de força", por policiais e militares bolivianos.

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, alertou para a escalada de violência. De acordo com Bachelet, em quatro semanas de protestos, 17 pessoas já morreram, 14 somente nos últimos seis dias. 

Os manifestantes, em Cochabamba, declaram que o país está em Guerra Civil e responsabilizam a presidente interina, Jeanine Ánez, pela violência. 

Ánez se auto-proclamou presidente na última terça-feira, dois dias depois da renúncia de Evo Morales, que deixou o cargo após três semanas de protestos da oposição, que o acusou de fraude nas eleições que lhe garantiram um quarto mandato consecutivo. 

O governo interino afirma nunca ter dado ordem para reprimir os protestos, com arma de fogo. E reforçou que, os disparos partiram dos próprios manifestantes. Exilado no México, Evo classificou o caso como massacre e pediu o fim da violência. 

A ONU enviou o diplomata francês Jean Arnault para mediar uma negociação entre o partido de Evo Morales, que ainda controla dois terços do Congresso, e as outras forças políticas e sociais do país. 

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