Quem é o Rio Grande do Sul na mesa do brasileiro?
Estado se destaca na pecuária e na agricultura com grande participação do PIB nacional. Mas, chuvas que afetaram a região afetarão os preços dos produtos
Com a tragédia de 90% dos municípios atingidos pela chuva, a pecuária e a agricultura foram os setores que mais sofreram os impactos dos prejuízos.
A agricultura e a pecuária de cerca de 90% dos municípios do Rio Grande do Sul também foram afetadas.
O agronegócio representa 40% do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho e foi o setor da economia que mais deve ter prejuízos, com perdas de R$ 570 milhões segundo estimativas da Confederação Nacional dos Municípios.
Para alguns especialistas, o aumento nos preços de alguns produtos é inevitável.
A soja, sem dúvida, é o grande destaque, responsável por 28% do PIB gaúcho e que estava 83% colhida até o começo de toda a chuvarada, em 29 de abril.
Outro produto importante é o arroz. O estado é o maior produtor e responde por 70% da produção nacional.
Também 83% da colheita já tinha sido concluída e entidades ligadas ao setor afirmam que não deve faltar arroz no prato dos brasileiros.
O desafio neste momento está na infraestrutura, com silos destruídos e a armazenagem em meio a toda essa umidade. E, mais ainda, na logística para o escoamento da safra até a indústria.
O estado também explora outras culturas importantes, como trigo, milho e diversos tipos de frutas. É o maior produtor de pêssego, caqui, noz-pecã, ameixa, oliveiras e uva para a produção de sucos e vinhos, e todas também foram duramente afetadas.
Em relação à pecuária, é um estado forte na produção de leite e carne. Só em carne bovina, exportou para quase 100 países em 2022. Em relação ao frango, responde por quase 15% da produção nacional.
Tem ainda os suínos. O estado é responsável por quase 20% dos abates no país e por 24% das exportações. Muitos animais foram arrastados pelas inundações e morreram, mas ainda é cedo para calcular o volume dessas perdas.
Tudo isso é trabalho e renda, que sustenta milhares de famílias e faz girar a economia da maioria dos municípios do RS, assim como de boa parte do país.
O cenário meteorológico permanece instável e o futuro, mais ainda.