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Agro

Brasil investe em biocombustíveis e avança na pesquisa de etanol sustentável

Governo lançou, no mês passado, um programa de incentivo ao combustível verde para ampliar uso de energias limpas no país, incluindo na aviação

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Usina de biocombustível / Reprodução
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O Brasil já é destaque mundial na produção de etanol, um biocombustível que reduz o impacto ambiental e se tornou um exemplo na transição para uma matriz energética mais limpa. No início de outubro, o Governo Federal deu mais um passo nessa direção ao sancionar a Lei do Combustível do Futuro, programa que busca incentivar o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para diversos tipos de combustível verde, incluindo para o setor aéreo.

Com previsão de produzir mais de 33 bilhões de litros de etanol até o final da safra 2024/2025, o Brasil mantém uma posição de liderança nesse mercado. “O Brasil está muito à frente das maiores economias do mundo. Hoje, a cana-de-açúcar representa cerca de 16,9% da matriz energética nacional”, explica Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro.

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Em São Paulo, uma das usinas transforma toneladas de cana em etanol, aproveitando também o bagaço da planta, recurso que originou o etanol de segunda geração. A pesquisadora Adriana Grandis destaca que essa tecnologia pode ser ampliada: “Estamos estudando também outras fontes de biomassa, como a palhada da cana e podas de árvores.”

Além do etanol, o novo programa federal traz incentivos para o SAF, combustível sustentável de aviação, o aumento da proporção de biodiesel no diesel comum e a ampliação da mistura de etanol na gasolina, que pode passar de 22% para até 35%.

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A produção de açúcar, no entanto, ainda é o que gera maior retorno para a indústria. Mariana Granelli, gestora de uma usina, explica: “Hoje, 70% do que produzimos é açúcar, pois as condições de preço do etanol ainda são desafiadoras. Mas, conseguimos estocar o etanol e vender quando o preço melhora.”

Para os produtores rurais, como Sandra Grandis, o etanol é mais que um combustível, é um processo que começa no campo. “O início de tudo está aqui. Sem a produção agrícola, não há matéria-prima para as usinas. Por isso, precisamos valorizar cada etapa dessa cadeia,” reflete Sandra, que cultiva cana-de-açúcar em São Paulo.

Com o avanço das pesquisas e o apoio do governo, o Brasil continua a apostar em um futuro energético mais verde e sustentável, aproveitando sua experiência e inovação no setor dos biocombustíveis.

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