Veja cuidados para manter os pets seguros durante as festas de fim de ano
Especialista compartilha dicas para preservar a saúde e o bem-estar dos animais durante as celebrações


Naiara Ribeiro
As festas de fim de ano são um momento de confraternização em família. Para muitos tutores, os pets são parte importante dessas celebrações. No entanto, o período também traz riscos específicos que podem comprometer a saúde e o bem-estar dos animais.
A quebra da rotina, o acesso a alimentos perigosos e a exposição a barulhos intensos, como os fogos de artifício, exigem atenção redobrada. Adotar alguns cuidados preventivos é fundamental para garantir que todos (humanos e animais) possam aproveitar as comemorações com segurança e tranquilidade.
Fogos de artifício e outras fontes de barulho
Os fogos de artifício e outros ruídos festivos, que podem ultrapassar 150 decibéis, podem ser uma grande fonte de estresse para cães e gatos. A audição sensível dos animais torna esses sons particularmente assustadores e desencadear reações como medo intenso, ansiedade e comportamentos alterados, que incluem:
- Tremores, taquicardia e latidos ou salivação excessiva;
- Vocalizações, tentativas de fuga e comportamentos destrutivos;
- Em casos mais graves, crises de pânico ou convulsões.
"Para minimizar os efeitos destes sons, o tutor deve criar um ambiente seguro e tranquilo dentro de casa. Um cômodo mais silencioso, com luz baixa, cama, brinquedos e água fresca, ajuda o pet a se sentir mais protegido", orienta Diego de Mattos, professor do curso de Medicina Veterinária da Universidade Guarulhos (UNG).
Outra recomendação do profissional é o uso de músicas suaves ou de ruído branco para abafar os sons externos e acalmar o pet em momentos de agitação.
Esteja atento com a alimentação
Muitos dos alimentos tradicionais das ceias de fim de ano são perigosos para cães e gatos. Produtos como chocolate, uva-passa, cebola, alho e nozes, por exemplo, são tóxicos e devem ser mantidos totalmente fora do alcance dos animais.
O chocolate, em especial, contém teobromina e cafeína, substâncias que o organismo dos pets não consegue metabolizar de forma segura.
Outros itens que oferecem risco significativo são:
- Massas cruas com fermento e bebidas alcoólicas, que podem causar intoxicação grave;
- Carnes gordurosas, defumadas ou muito temperadas, que elevam o risco de pancreatite;
- Ossos cozidos, cujas lascas podem perfurar ou obstruir o trato digestivo.
Para uma ceia mais tranquila e sem atribulações, o professor aconselha deixar todos os alimentos fora do alcance dos animais, além de não oferecer restos de comida.
"Caso o tutor queira incluir os bichinhos nas festividades, é recomendado preparar opções seguras, como carnes magras e cozidas sem tempero, legumes adequados e petiscos voltados aos pets", aconselha.

Quando buscar ajuda veterinária
A procura por atendimento veterinário deve ser considerada quando o medo ou a ansiedade do pet se tornam intensos, persistentes ou quando surgem sinais físicos de alerta. O acompanhamento profissional é fundamental para evitar que quadros de estresse agudo se transformem em problemas crônicos de comportamento ou saúde.
"A presença do tutor também é importante para evitar que o animal se sinta abandonado durante o período. E em situações como o de fobia intensa, é recomendado levar o gato ou cão ao veterinário e verificar a necessidade de usar calmantes ou terapias específicas para o sintoma", complementa Mattos.








