Brasil ultrapassa marca de 1.000 mortes por dengue em 2024
É o terceiro maior número para um ano desde o início da série histórica
O Brasil ultrapassou a marca de 1.000 mortes por dengue registradas em 2024. A atualização mais recente do Painel de Monitoramento de Arboviroses, do Ministério da Saúde, às 15h40 desta quarta-feira (3), mostra que foram 1.020 até o momento.
É o terceiro maior número para um ano desde o início da série histórica, em 2000, sendo superado apenas pelos de 2022 (1.053) e 2023 (1.094).
+ Máquina permite ver cérebro em altíssima resolução; confira imagens
O painel mostra que há 1.531 óbitos em investigação e que o país registrou 2.671.332 casos prováveis de dengue desde o início de 2024.
O coeficiente de incidência da doença está em 1.315,5. A letalidade em casos prováveis é de 0,04. E a letalidade em casos graves, 4,10.
A faixa etária de 20 a 29 anos é a que tem o maior número de casos prováveis de dengue registrados neste ano, com 503.947.
Em relação aos estados, Minas Gerais ocupa a primeira posição, com 868.663 casos prováveis. Na sequência vêm São Paulo (557.209), Paraná (256.040), Distrito Federal (192.981) e Rio de Janeiro (180.758). Por coeficiente de incidência da doença, porém, é o DF que fica em primeiro lugar, com 6.850,4.
+ Mortes de crianças por bronquiolite crescem 62% em 2023; casos diminuíram na pandemia
O vírus da dengue pode ser transmitido às pessoas principalmente por via vetorial, pela picada de fêmeas do mosquito Aedes aegypti infectadas. Transmissão por via vertical (de mãe para filho na gestação) e por transfusão de sangue são raros.
O Ministério da Saúde iniciou a distribuição de um novo lote de vacinas contra a dengue. A entrega será ampliada para 165 municípios, que foram incluídos na lista de locais contemplados devido às altas taxas de transmissão da doenças nos últimos meses.
O ministério orienta que os estados e municípios apliquem a vacina em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue após as pessoas idosas, público para o qual a substância ainda não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Ações preventivas
Entre as ações preventivas contra a doença que a população pode adotar, estão:
- Usar telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
- Remover recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
- Vedar reservatórios e caixas de água;
- Desobstruir calhas, lajes e ralos;
- Participar na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Tratamento
Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da doença é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Dessa forma, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar:
- Repouso;
- Ingestão de líquidos;
- Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência se houver sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
- Retorno para reavaliação clínica de acordo com orientação médica.