Lula diz que gostaria que Trump viesse à COP30: 'Se ele comer uma maniçoba, nunca mais vai ter mau humor'
Governo norte-americano já sinalizou que não enviará representantes à Cúpula de Líderes, que ocorre em 6 e 7 de novembro e abre o evento

Sofia Pilagallo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (4), que gostaria que o chefe da Casa Branca, Donald Trump, viesse ao Brasil para participar da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), e que insistiu na presença dele. O governo norte-americano já sinalizou que não enviará representantes à Cúpula de Líderes, que ocorre em 6 e 7 de novembro e marca a abertura simbólica do evento.
"Eu, sinceramente, queria que o Trump viesse aqui. Eu queria que ele viesse para ver o que é floresta. Se ele comer uma maniçoba [prato típico da culinária do Pará], nunca mais vai ter mau humor", disse Lula, em entrevista a agências de notícias internacionais, durante estadia em Belém (PA) para atividades relacionadas à COP30. "Eu insisti para ele vir aqui, eu insisti. 'Vá conhecer a Amazônia, cara. Você vai perceber que o humor da gente fica maravilhosamente bom'. Você fica com o humor muito melhor."
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Conflito no Rio
Na mesma conversa, Lula defendeu que a Polícia Federal (PF) atue nas investigações das 121 mortes da megaoperação da semana passada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Pela primeira vez, ele subiu o tom em relação à ação, que classificou como "desastrosa" do ponto de vista da atuação do Estado.
Lula disse que a decisão judicial que permitiu a operação contra o Comando Vermelho era uma "ordem de prisão", não "uma ordem de matança", e ressaltou que as "condições" da ação devem ser devidamente apuradas. A megaoperação foi motivada por uma decisão judicial, emitida pela 42ª Vara Criminal, que decretou a prisão de 58 alvos da facção criminosa.
"A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não tinha uma ordem de matança. E houve matança", disse. "Eu acho que é importante a gente investigar em que condições ela se deu. Porque, até agora, nós temos uma versão, contada pela polícia, contada pelo governo do estado, e tem gente que quer saber se tudo aquilo aconteceu do jeito que eles falam ou se teve alguma coisa mais delicada na operação."








