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Política

Hugo Motta garante a líderes que vai pautar urgência da proposta de anistia

Sinalização foi dada durante a reunião de líderes desta terça-feira (16); estratégia dos governistas, no entanto, consiste em esvaziar a votação

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Presidente da Câmara, Hugo Motta | Marina Ramos / Câmara dos Deputados)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizou aos líderes dos partidos que vai pautar a urgência do projeto de lei da anistia na quarta-feira (17).

Após semanas de bastante pressão, a sinalização foi dada durante a reunião de líderes desta terça-feira (16), na Residência Oficial da Câmara, em Brasilia (DF). Um outro encontro das lideranças está previsto para quarta, às 10h.

Parlamentares que estiveram na reunião afirmaram à reportagem do SBT que a afirmação de Motta animou a oposição. Isso porque a expectativa é que o texto a ser pautado seja aquele defendido pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que prevê uma anistia ampla, geral e irrestrita.

Ainda assim, de hoje para amanhã deputados mais alinhados ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentam se articular em torno de um texto alternativo.

Se isso não for possível, a tendência é que a base governista aposte no esvaziamento da votação na quarta, para garantir a derrota da proposta desenha da pela oposição. A ideia é que os votos "não" e as ausências sejam suficientes para sepultar o projeto.

Se o plano prosperar, o próximo passo seria dar gás um projeto alternativo, a chamada "anistia light". Essa, sim, apesar de ser rechaçada pelo governo, poderia ter algum espaço de discussão. Esta ideia teria mais simpatia de Motta neste momento.

Uma das possibilidades é que um texto nesses moldes, como tem defendido o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não proponha o perdão a Bolsonaro, mas revise a dosimetria das penas aplicadas a alguns dos envolvidos nos atos antidemocráticos do 8 de janeiro.

+Motta troca relator da "PEC da Blindagem" e tema deve avançar ainda nesta terça (16) na Câmara

Governistas

O texto enfrenta muita resistência dos governistas. A ministra Gleisi Hoffmann (PT), por exemplo, afirmou que vai trabalhar para derrubar o requerimento de urgência.

“O governo é contra a anistia. Além de imoral é inconstitucional. Nem terminou o julgamento e já há pressão para pautar. Vamos nos posicionar contra e trabalhar para derrubar o pedido de urgência”, afirmou.

+Oposição pressiona por anistia após julgamento de Bolsonaro no STF

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