Venezuela posiciona tropas e coloca armas 'nas mãos do povo' diante de ameaça dos EUA
Medidas foram tomadas após os EUA enviarem navios e e aviões de guerra ao Caribe sob o argumento de uma operação antidrogas em águas caribenhas
SBT News
A Venezuela posicionou tropas perto de sua costa caribenha e decidiu colocar as armas "nas mãos do povo" para enfrentar uma eventual incursão dos Estados Unidos no país. As medidas foram tomadas após os EUA enviarem navios e e aviões de guerra ao Caribe sob o argumento de uma operação antidrogas em águas caribenhas, o que o governo venezuelano considerou uma "agressão".
"De acordo com esta Constituição [da Venezuela], o monopólio das armas pertence ao Estado; o Estado decidiu que as armas do país, do Estado, estejam nas mãos do povo, para sua proteção", afirmou o ministro do Interior, Diosdado Cabello. "E é isso que temos feito. Estamos em uma fase de agressão (...) de cerco", acrescentou Cabello, que também é vice-presidente do partido.
+Familiares dizem que vítimas de ataque dos EUA na costa da Venezuela são inocentes
Na quinta-feira (16), o governo venezuelano anunciou pelas TVs locais que estava posicionando tropas em locais estratégicos diante da aproximação de navios americanos. Ele também ordenou exercícios permanentes e convocou o alistamento militar de civis, que estão sendo instruídos no manejo de fuzis.
Desde o início de setembro, o governo americano realizou uma série de ataques contra embarcações na costa venezuelanas, resultando em ao menos 27 mortes. O presidente dos EUA, Donald Trump, argumenta que os EUA estão envolvidos em uma guerra contra grupos narcoterroristas da Venezuela, o que tornaria os ataques legítimos.
A Venezuela classifica as ofensivas como "execuções extrajudiciais" e uma "sentença de morte" em alto-mar. ". Segundo Caracas, os EUA buscam "fabricar um conflito" para justificar uma invasão e destituir o atual governo.