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Palestino que lutou pelo Hamas no ataque de 7 de outubro fugiu para os EUA e viveu na Louisiana, diz FBI

Mahmoud Amin Ya'qub al-Muhtadi, de 33 anos, enfrenta acusações como fornecimento de apoio material a uma organização terrorista estrangeira e fraude de visto

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Mahmoud Amin Ya'qub al-Muhtadi, agente de grupos paramilitares na Faixa de Gaza acusado de participar do ataque liderado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023 | Foto: Reprodução/Redes sociais
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Promotores federais do estado da Louisiana, nos Estados Unidos, acusaram um palestino de 33 anos de participar do ataque liderado pelo Hamas contra Israel em outubro de 2023 e depois viajar para os EUA com um visto fraudulento, segundo informações publicadas no jornal The New York Times.

A denúncia aponta que Mahmoud Amin Ya'qub al-Muhtadi, agente de grupos paramilitares na Faixa de Gaza, lutou ao lado do Hamas na data em questão e organizou outros combatentes armados no enclave.

A queixa foi apresentada em 6 de outubro, no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Oeste da Louisiana. Muhtadi enfrenta acusações como fornecimento de apoio material a uma organização terrorista estrangeira e fraude de visto.

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Muhtadi compareceu ao tribunal na manhã desta sexta-feira (17), acompanhado por membros do Serviço de Delegados dos EUA. Ao ser questionado se entendia as acusações contra ele, um intérprete traduziu a resposta do suspeito como: "Sim, mas há muitas coisas mencionadas aqui que são falsas. Sou inocente." A audiência durou horas.

Muhtadi recebeu um defensor público e deverá permanecer preso até a próxima audiência, marcada para a tarde da próxima quarta-feira (22). No tribunal, algumas pessoas pareciam conhecer o suspeito, de acordo com o The New York Times, mas elas se recusaram a comentar o caso.

No ano passado, promotores federais dos EUA acusaram vários membros seniores do Hamas em conexão com o ataque de 7 de outubro de 2023. Muhtadi é um dos primeiros combatentes de menor escalão a enfrentar acusações em um tribunal dos EUA por envolvimento na ofensiva.

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A denúncia detalha que Muhtadi realizou ligações telefônicas na manhã daquele dia e disse a um homem para "se preparar" e que "as fronteiras estavam abertas". Em outras mensagens, ele pedia "rifles", "um carregador cheio" e "um colete à prova de balas".

Muhtadi usavava a operadora de telefonia móvel Jawwal, sediada em Gaza, estava conectado a uma torre de celular israelense naquela manhã. Embora ele não tenha sido acusado de matar ninguém, pelo menos 60 pessoas, incluindo americanos, foram mortas naquele dia em um kibutz israelense perto da torre de celular.

Ao todo, o ataque de 7 de outubro de 2023 deixou 1.200 mortos, entre israelenses e estrangeiros. O Hamas também sequestrou 250 pessoas, que foram mantidas nos túneis subterrâneos de Gaza, algumas por dois anos. Na última segunda-feira (13), o grupo palestino libertou os 20 reféns que ainda permaneciam em cativeiro, como parte do acordo de paz que pôs fim à guerra.

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