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Caso P. Diddy: Cantora afirma ter assistido agressões do rapper à ex-namorada

Julgamento do cantor retorna nesta segunda-feira (19); Sean 'Diddy' Combs segue negando as acusações

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Diddy está preso por acusações de cinco crimes | Reprodução Getty Images
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Sean 'Diddy' Combs, conhecido como P. Diddy, retorna ao tribunal em Nova York, nesta segunda-feira (19), para dar início à segunda semana do julgamento. A cantora Dawn Richard, que afirma ter visto as agressões do rapper à ex-namorada, deve voltar ao banco de testemunhas hoje. Ele enfrenta uma série de acusações, incluindo conspiração para extorsão, tráfico sexual à força, fraude ou coerção e transporte para prostituição.

A integrante do grupo feminino Danity Kane, Dawn Richard, alegou que assistiu Diddy "atacar" a ex Cassie Ventura na sua frente ao longo de vários anos, durante o seu depoimento no tribunal na última sexta-feira (16). "Ele desceu as escadas gritando, perguntando onde estava sua comida, e começou a bater na cabeça dela, chutá-la e jogá-la no chão na nossa frente", relatou a cantora.

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No depoimento, a testemunha conta que o acusado teria usado uma frigideira preta para bater na cabeça de Cassie quando estava com raiva. Segundo ela, as agressões à ex de Combs foram feitas em 2009. "Fiquei com medo por ela e com medo de fazer qualquer coisa", relembrou. A cantora disse que não tentou intervir e nem chamou a polícia porque "nunca tinha visto nada parecido antes".

Dawn também afirmou que Sean Combs fez ameaças a ela e a outra mulher, que presenciaram o ataque, para não dizerem nada. Ela disse que o rapper as levou para um quarto, trancou a porta e falou que o que elas testemunharam foi "apenas paixão". P. Diddy segue negando todas as cinco acusações criminais contra ele.

A cantora processou o cantor no ano passado, com acusações de agressão sexual, trabalho forçado e prisão forçada. Dawn Richard conheceu Diddy ao participar do programa da MTV "Making The Band", produzido por ele, que lançou o grupo Danity Kane, do qual Dawn fez parte.

A expectativa é de que a integrante da banda formada no programa produzido por Diddy volte a depôr nesta segunda-feira. Além dela, Kerry Morgan, ex-amiga de Cassie Ventura, também deve testemunhar hoje. Morgan alega que Ventura disse a ela que estava "com medo" do até então namorado e que o rapper teria dito que ela não poderia terminar o relacionamento porque ele controlava sua carreira.

Depoimento de Cassie Ventura

Cassie Ventura , ex-namorada de Sean "Diddy" Combs, depôs durante quatro dias na primeira semana do julgamento. Ela foi considerada a principal testemunha de acusação que prestou depoimentos contra o raper até o momento. Ventura disse ao júri que no começo concordou com as maratonas sexuais movidas a drogas para agradar Combs, mas ficou enojada com elas.

Ela detalhou como Diddy a agrediu durante várias "surras" e desabou no banco das testemunhas na sexta-feira, pegando lenços de papel para enxugar as lágrimas. Segundo a suposta vítima, o abuso fez com que ela se sentisse "inútil, como lixo, como se não fosse nada". Cassie ainda relatou que, após uma conversa após o término do relacionamento com Combs, em 2018, o cantor a estuprou no chão da sala de estar.

A ex terminou o depoimento dizendo que espera receber um acordo de US$ 10 milhões do Hotel Intercontinental em Los Angeles, onde foi agredida por Combs em 2016. As imagens desta agressão foram captadas por câmeras de segurança do local desta agressão e divulgadas pela imprensa internacional no ano passado. Os vídeos mostram o rapper batendo e chutando Cassie, a derrubando no chão enquanto ela tentava sair de um encontro sexual "excêntrico" no hotel.

As acusações

Sean "Diddy" Combs é acusado de conspiração para extorsão, duas acusações de tráfico sexual e duas de transporte para prostituição. Muitas das acusações mais graves incluem sequestro e coação de mulheres para atividades sexuais com uso de drogas, além de armas de fogo ou ameaças de violência, segundo o portal de notícias BBC.

A polícia norte-americana, em uma operação na mansão do artista em Los Angeles, encontrou suprimentos que, de acordo com as autoridades, seriam usadas em orgias, como drogas e mais de mil frascos de óleo de bebê.

Além disso, o rapper enfrenta uma série de processos judiciais que o acusam de estupro e agressão. O advogado Tony Buzbee, responsável por defender algumas das supostas vítimas, disse que mais de 100 pessoas, dentre elas homens e mulheres, entraram com ações judiciais contra Diddy.

A acusação contra Combs afirma que, entre 2008 e 2024, ele "liderou uma conspiração de extorsão que envolveu tráfico sexual, trabalho forçado, sequestro, incêndio criminoso, suborno e obstrução da justiça, entre outros crimes", segundo o gabinete do procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York.

Ele foi preso e indiciado em setembro de 2024, seis meses após operações de policiais federais em suas propriedades em Los Angeles e Miami. Atualmente, Sean está detido em Nova York, com pedidos de fiança negados enquanto aguarda o julgamento.

A pena

Se for condenado por extorsão, Combs pode pegar prisão perpétua. Ele também pode pegar outra pena mínima legal de 15 anos se for julgado como culpado de tráfico sexual. Já se for comprovado o crime de transporte para fins de prostituição, a pena máxima deve ser de 10 anos.

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Quem é Sean "Diddy" Combs?

Ele é conhecido pelos nomes Sr. Combs, Puffy, Puff Daddy, P Diddy, Love e Brother Love. O rapper surgiu na cena hip-hop na década de 1990. Além de vencer três prêmios Grammy, Combs também se tornou produtor musical. A gravadora Bad Boy Records, fundada por Diddy, se tornou uma das mais importantes do rap e com nomes como Mariah Carey e Jennifer Lopez.

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