Brasileiros com cidadania americana votam nas eleições nos EUA
Disputa acirrada mobiliza comunidade brasileira na Flórida, que é uma das maiores do país
Willian Corrêa
Natalia Vieira
A disputa acirrada pela presidência dos Estados Unidos mobiliza eleitores de várias origens, incluindo brasileiros que têm cidadania americana e podem votar. O SBT Brasil conversou com alguns deles na Flórida, um dos estados com maior concentração de brasileiros nos EUA.
O engenheiro eletrônico Vanderlei Tseng, que vota pela terceira vez desde que obteve a cidadania americana, destaca o que pesou em sua decisão. “Os aspectos que envolvem o aborto, a educação escolar de crianças usarem o mesmo banheiro e tantas outras questões que envolvem a parte da família”, explica. Vanderlei, que conseguiu a cidadania após cinco anos com o green card (documento de residência permanente), optou nesta eleição pelo candidato republicano Donald Trump.
Já a advogada Helena Nacer Oliveira escolheu a democrata Kamala Harris por causa das promessas da candidata em relação aos imigrantes. "É o problema de moradia, de empregos. Sempre foi o imigrante que construiu estradas, que trabalhou nos cafezais. A diversidade traz contribuições para o país", comenta.
Dados de 2023 mostram que quase metade das maiores empresas americanas têm origens estrangeiras, somando uma riqueza de 8,6 trilhões de dólares – quatro vezes o tamanho da economia do Brasil. Esse cenário reforça o peso da comunidade de imigrantes nos Estados Unidos, especialmente em estados como a Flórida, onde vivem mais de meio milhão de brasileiros. O estado foi decisivo em eleições passadas.
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Para o empresário do setor financeiro Sergio Santoni, o voto em Trump tem a ver com o símbolo da oportunidade que ele enxerga no candidato. “Principalmente da ideia de ajudar nós, empresários, e o trabalhador autônomo aqui nos Estados Unidos”, diz.
O analista internacional Alberto Pfeife avalia que mesmo com as críticas de Trump à imigração, no fim do dia, a defesa da liberdade, da prosperidade e menos estado na vida do cidadão comum é o discurso que ecoa no ouvido do imigrante.
