Ataque em praia na Austrália foi inspirado pelo Estado Islâmico, diz primeiro-ministro
Investigadores encontraram duas bandeiras do grupo terrorista no carro dos agressores; atentado deixou 16 mortos, incluindo um dos atiradores


Camila Stucaluc
O ataque contra uma multidão que participava do feriado judaico de Hanukkah em uma praia na Austrália foi motivado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (ISIS, na sigla em inglês). A informação foi divulgada nesta terça-feira (16) pelo primeiro-ministro Anthony Albanese, ao lado de autoridades policiais.
"Aparentemente, isso foi motivado pela ideologia do Estado Islâmico. Com a ascensão do grupo há mais de uma década, o mundo tem lutado contra o extremismo e essa ideologia de ódio”, disse Albanese.
O ataque ocorreu na manhã do último domingo (14), na praia de Bondi, em Sydney. Na data, pai e filho abriram fogo contra os participantes do Hanukkah, matando 15 pessoas e ferindo 42. A vítima mais jovem era uma menina de 10 anos, que morreu no hospital. Já entre os feridos está Ahmed al Ahmed, que desarmou um dos agressores.
Segundo as autoridades, o pai, que tinha licença para seis armas por pelo menos 10 anos, foi morto pelas forças policiais ainda no local. Já o filho, de 24 anos, foi detido após ser baleado. No veículo usado pela dupla, apreendido logo após o ataque, os agentes encontraram duas bandeiras do ISIS, além de explosivos. O carro estava registrado no nome do filho.
O governo australiano classificou o ataque como um ato terrorista motivado por antissemitismo. Em meio ao cenário, mais de 300 policiais foram mobilizados para garantir a segurança de comunidades judaicas na região.
“Diante do terrorismo, unir é a coisa mais importante que podemos fazer. Governos federal e estadual e a Polícia de New South Wales estão trabalhando juntos para manter os judeus australianos seguros. Ainda há muito trabalho pela frente para nossa polícia. Mas estaremos com eles hoje e todos os dias, com tudo que for preciso”, disse Albanese.
Na segunda-feira (15), as autoridades concordaram em endurecer as leis de armas de fogo no país e avançar na criação de um registro nacional dos equipamentos. A proposta inclui restringir licenças sem prazo determinado, limitar o número de armas que um indivíduo pode possuir e definir quais tipos são permitidos por lei. Também estabelece critérios mais rígidos de validade das autorizações.









