2026: Melhor de três
A direita e o centro venceram em 2018; a esquerda e o centro levaram em 2022 e ano que vem eles voltam a se enfrentar

Por mais que estejam comprovados os danos da polarização política na convivência entre as pessoas, no desenvolvimento de ideias para o futuro do país, na escalação de novos quadros, não será fácil fugir disso em 2026.
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Será a eleição do “melhor de três”, em que a direita e o centro venceram em 2018; a esquerda e o centro levaram a melhor em 2022; e no próximo ano voltam a se enfrentar para decidir qual a opção mais vantajosa para o eleitor.
Essa lógica incentiva a ideia de “game” da política e também expõe a dificuldade de políticos eleitos descerem do palanque. Enquanto a máxima da disputa existir, na prática não se vive o jogo e quem perde com isso é a população.
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A eleição de 2026 carrega algumas características únicas também. Pela primeira vez, todos os grupos chegam sabendo como lidar com a campanha digital; o uso das redes sociais deixou de ser vantagem só para um lado.
Os grupos também se assemelham porque possuem experiências recentes no poder para o eleitor comparar, entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL) e aliados dos dois. Não há só um lado em evidência. Mesmo aqueles que tentarão construir uma terceira via também possuem alguma interseção com os polos.
Como elemento a ser aprofundado nestas eleições, falar de política definitivamente deixou de ser coisa chata. O eleitorado hoje se identifica muito mais com temas do poder.
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Mesmo cansados da polarização, o eleitor não sai mais da sala quando entra o noticiário político. Nem que seja para reclamar.