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Ucrânia

Nova onda de ataques russos deixou 90 mortos na Ucrânia, diz ONU

Tropas utilizam mísseis e drones iranianos; mais de 400 civis ficaram feridos nos bombardeios

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O porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) na Ucrânia, Krzysztof Janowski, afirmou que a nova onda de ataques russos no país, iniciada em 29 de dezembro de 2023, já deixou 90 mortos, incluindo duas crianças. Os óbitos foram registrados em 12 regiões, onde mais de 400 civis ficaram feridos.

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O maior dos ataques ocorreu no dia 2 de janeiro, quando o exército russo lançou dezenas de mísseis e drones, sobretudo em Kiev e Kharkiv -- as duas das maiores cidades da Ucrânia. Os bombardeios danificaram residências, deixando pelo menos cinco mortos e 130 feridos. Outros oito civis morreram em Donetsk, área ocupada pelas forças russas.

"Em apenas alguns destes últimos dias -- de 29 de dezembro até hoje -- a Rússia já usou quase 300 mísseis e mais de 200 shaheds contra a Ucrânia. As operações de resgate continuam em andamento após os ataques. As equipes de resgate trabalham 24 horas por dia e todos os feridos estão recebendo a assistência necessária", disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

O avanço da ofensiva russa ocorre em meio ao enfraquecimento da contraofensiva ucraniana, causado principalmente pela chegada do inverno. Isso porque a queda brusca de temperatura e as alterações nas horas de luz do dia prejudicam as operações militares. A possível interrupção da ajuda dos Estados Unidos à Kiev também preocupa as tropas.

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Em meio ao cenário, Zelensky voltou a pedir que os países aumentem os esforços para chegar a um acordo de paz, bem como garantam a segurança da Ucrânia. "Tal como as nossas armas devem ter um alcance suficientemente longo, também a nossa diplomacia e a nossa proteção do direito internacional devem ser suficientemente eficazes", disse.

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