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Conheça Abu Simbel, o maior templo dedicado ao faraó Ramsés II

Entenda por que Abu Simbel é uma obra-prima da arquitetura faraônica no Egito

Imagem da noticia Conheça Abu Simbel, o maior templo dedicado ao faraó Ramsés II
O local foi redescoberto em 1813 pelo explorador suíço John Lewis Burckhardt
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Para chegar ao templo de Abu Simbel você pode embarcar em um voo de uma hora, a partir de Assuã, no Sul do Egito. Ou, como no nosso caso, é preciso madrugar. A viagem de ônibus cortando o deserto leva três horas. Numa paisagem seca e de rara beleza, o esforço compensa logo na chegada.

Foram as quatro estátuas de pedra de 20 metros de altura, localizadas na entrada, que revelaram Abu Simbel ao mundo. O local foi redescoberto em 1813 pelo explorador suíço John Lewis Burckhardt. Os templos tinham sido esquecidos há muito tempo e a areia havia coberto tudo, menos os topos das cabeças das imensas estátuas de Ramsés.

Quase na fronteira com o Sudão, o templo de Abu Simbel guarda essas que são as maiores esculturas que sobreviveram da era faraônica. O templo marcava o limite sul do Império Egípcio com a Núbia, no auge do poder de Ramsés Segundo, durante o Império Novo.

Filho do rei Seti I, Ramsés Segundo foi um dos faraós mais poderosos e influentes da era de ouro egípcia. Ele liderou várias expedições e concentrou-se em alcançar seus objetivos. Isso refletiu sua visão de uma grande nação e deu a ele o título de "governante dos governantes".

Reconhecido mundialmente como um grande construtor, Ramsés II era fascinado pela arquitetura. Durante seus 66 anos de governo, ele construiu e reconstruiu muitos monumentos, estruturas e templos, deixando a sua marca em Abu Simbel, essa construção monumental.

Nos dias 22 de fevereiro e 22 de outubro, datas de nascimento e coroação do faraó, a luz do sol atinge as salas internas do templo. Imagine só o planejamento necessário para fazer esse simbolismo funcionar. São curiosidades como essa que tornam Abu Simbel verdadeiramente impressionante.

O templo tem uma série de salas dedicadas ao próprio Ramsés e aos membros importantes de sua família. Desde 1909, quando a areia foi finalmente removida, este se tornou um dos locais mais famosos e visitados do sul do Egito. As paredes são cobertas de pinturas e relevos bem preservados. As histórias da realeza e dos deuses egípcios estão contadas nos desenhos, esculturas e hieróglifos.

Ao lado, fica o templo dedicado à amada de Ramsés II, a rainha Nefertari. Nas representações diante do templo, a rainha aparece em pé de igualdade com o faraó, em imagens do mesmo tamanho.

Mas esse tesouro estava ameaçado de ser submerso. Foi necessário um investimento de US$ 40 milhões e um esforço imenso de cooperação internacional para salvar o templo das águas da barragem do Lago Nasser. Atualmente, os dois templos se encontram a 61 metros de altura da posição anterior e a 200 metros da margem do lago Nasser.

O conjunto formado pelos dois templos construídos por Ramsés O Grande, o maior dos faraós, faz desse lugar o segundo mais importante do patrimônio histórico do Egito, depois das Pirâmides de Gizé.

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