Sistema de alertas da Defesa Civil no celular começa em dezembro
Moradores dos sete estados do Sul e Sudeste poderão receber avisos emergenciais diretamente no smartphone, mesmo no silencioso
A partir de 4 de dezembro, o sistema Defesa Civil Alerta, destinado ao envio de mensagens de emergência, estará disponível em sete estados brasileiros. A ferramenta possibilita que autoridades enviem avisos a pessoas localizadas em áreas de risco iminente.
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A tecnologia já foi testada em agosto, quando mensagens de demonstração foram enviadas a 11 cidades das regiões Sul e Sudeste, com uma taxa de aprovação de 87%. Compatível com redes 4G e 5G, o sistema não exige conexão Wi-Fi e promete mensagens rápidas e eficazes.
“É mais inclusivo porque funciona independentemente de cadastro prévio, o que torna o sistema mais eficiente”, explicou Suzana Rodrigues, superintendente de Controle e Obrigações da Anatel.
Como funciona o Defesa Civil Alerta?
O Defesa Civil Alerta integra um conjunto de sistemas utilizados para mitigar desastres, como sirenes, mensagens SMS cadastradas e notificações em TVs por assinatura.
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Ele utiliza a tecnologia Cell Broadcast, que emite mensagens para todos os dispositivos conectados a uma rede móvel dentro da área selecionada.
O conteúdo das mensagens e a definição das áreas de envio são de responsabilidade das defesas civis estaduais e municipais.
O sistema emitirá três tipos de alerta:
- Extremo: Risco direto à vida;
- Severo: Necessidade de medidas de proteção;
- Demonstração: Testes para familiarização da população.
As mensagens aparecerão na tela do celular e serão acompanhadas de um toque de sirene, mesmo que o dispositivo esteja em uso ou no modo silencioso.
Não será necessário cadastro prévio, mas é preciso ter um smartphone compatível, lançado a partir de 2020, conectado a uma rede 4G ou 5G das operadoras Alcar, Claro, Tim e Vivo. Celulares sem chip, em modo avião ou com cobertura 2G ou 3G não receberão as notificações.
Japão usa alerta para ameaça de mísseis da Coreia do Norte
Países como Estados Unidos e Japão utilizam tecnologia semelhante com grande eficácia, enviando alertas para situações como terremotos, tempestades, eventos climáticos extremos e sequestros de crianças.
No Japão, o sistema é conhecido como J-Alert, ou "Sistema Nacional de Alerta Antecipado", que existe no país desde 2007 e foi projetado para alertar rapidamente o público sobre situações de emergência.
O sistema é operado por satélite, o que permite o envio rápido de mensagens para a mídia local e todos os cidadãos japoneses.
Segundo autoridades locais, leva-se apenas um segundo para que as autoridades se informem sobre a situação e até 24 segundos para retransmitir a mensagem aos cidadãos.
A nova geração do J-Alert processa as informações em dois segundos e cobre todo o país.
“O Defesa Civil Alerta é uma inovação tecnológica. Ele permite que os alertas cheguem rapidamente aos cidadãos em casos de eventos extremos, como inundações e deslizamentos. Outros meios, como SMS e carros de som, continuam fundamentais. Nosso compromisso é garantir proteção e segurança à população”, afirmou Valder Ribeiro, ministro interino do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.
MG e RS receberão alertas de demonstração
Antes do lançamento, o sistema será testado nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, com demonstrações destinadas a conscientizar a população.
- No dia 30 de novembro, 36 cidades do Rio Grande do Sul vão receber os alertas de demonstração. São elas: Três Forquilhas, Itati, Três Coroas, Porto Mauá, Pedro Osório, São Sebastião do Caí, Maquiné, São Lourenço do Sul, Muçum, Encantado, Cruzeiro do Sul, Dom Pedrito, São Vendelino, Eldorado do Sul, Porto Xavier, Estrela, Iraí, Pelotas, Rolante, Alegrete, Igrejinha, Quaraí, Parobé, São Jerônimo, Montenegro, Rosário do Sul, Pântano Grande, Barra do Guarita, Uruguaiana, Itaqui, Capão do Leão, Caxias do Sul, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Cachoeira do Sul e Santa Maria.
- E dia 1º dezembro, todos os brasileiros que estiverem em Belo Horizonte também vão receber a mensagem de demonstração.
A partir de 4 de dezembro, o sistema estará disponível para as Defesas Civis estaduais, com a nacionalização prevista para 2025.