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Empresa de coleta de íris suspende temporariamente projeto no Brasil

ANPD determinou a suspensão do pagamento por registro biométrico dos brasileiros; World ID entrou com recurso no fim de janeiro, que foi negado

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Homem tendo sua íris escaneada | Foto: Juan Mabromata/AFP
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A Tools For Humanity, responsável pelo projeto World ID, suspendeu temporariamente a coleta de íris de brasileiros após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibir a remuneração pela coleta da biometria como estava sendo feita. A empresa, que desenvolve a câmera Orb para diferenciar humanos de robôs, decidiu pausar o serviço para garantir conformidade com as normas da ANPD.

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“A World respeita a decisão da ANPD. Como a ANPD está ciente, será necessário tempo para cumprir com a sua ordem. Para permitir que a World conclua as mudanças em coordenação com a ANPD e garanta conformidade durante esse processo, estamos voluntariamente e temporariamente pausando o serviço de verificações. Os espaços físicos da World permanecerão abertos para fornecer educação e informações ao público e pedimos desculpas por qualquer inconveniente aos que desejavam se juntar à World agora”, informou a empresa, em nota.

A decisão foi tomada após a Tools For Humanity ter um recurso indeferido pela ANPD, que pedia 45 dias adicionais para adequações no aplicativo e o fim da compensação financeira.

A ANPD publicou no Diário Oficial da União que a medida visa proteger os direitos de privacidade e dados pessoais no Brasil. O órgão já havia proibido a empresa de oferecer qualquer remuneração em criptomoeda (WorldCoin – WLD) ou outro formato, devido a relatos de que a participação era motivada por pagamento, sem compreensão total do projeto.

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Pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a íris é um dado biométrico sensível, exigindo consentimento qualificado, que poderia ser comprometido por compensações financeiras.

A Data Privacy Brasil elogiou a decisão da ANPD, destacando a importância de um consentimento livre e sem vícios, conforme práticas internacionais. A organização vê a decisão como um reforço à proteção dos direitos dos titulares de dados pessoais no país.

*com informações da Agência Brasil

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