Startup aposta na educação espacial

E se os jovens brasileiros tivessem a oportunidade de construir uma missão espacial sem sair de casa? Esse é o propósito da Ideia Space, do Leonardo Souza. Morador de Brasília, ex-estagiário da Agência Espacial Brasileira (AEB), ele veio até São Paulo, no Bossa Summit para mostrar sua proposta de educação para jovens sobre outra perspectiva. Estimular eles a se interessar pelo setor aeroespacial para formar novos talentos e até mesmo oportunidades.

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A ideia da startup é qualquer aluno possa "construir uma missão espacial" em sala de aula. Os alunos podem construir um modelo de satélite que pode ser feito pelos alunos da educação pública ou privada, onde o grupo de estudantes podem se juntar para desenvolver desde o conceito da missão, e até mesmo aplicar a missão na vida real. 

O estudante pode ter uma oportunidade de desenvolver um projeto e pode aprender os caminhos para poder lançar seu trabalho até para o espaço. Os estudantes podem a partir destes princípios a montar um satélite e lançar ao espaço. Podem desenvolver trabalhos que podem impactar a agricultura e até mesmo o serviço público.

"Permite para eles a condição de uma educação como uma visão bem mais holística de como fazer educação no Brasil", explica Leonardo, cujo sua startup ainda está na fase inicial (Early Stage).

A Ideia Space já começou a ter suas primeiras vendas e gradualmente a startup vem aprendendo como escalar o produto para um novo patamar, com alcance nacional. Além disso, há uma compreensão da educação com projetos integrados onde o aprendizado é aumentado.

"Como fazer parte de uma missão espacial, como fazer parte de um projeto em grupo com toda a turma l, ou até mesmo, um aluno mais comunicativo acaba não entendendo através de uma missão espacial. A gente consegue tornar o projeto centralizado, tanto o aluno da ciências humanas, das ciências naturais e das ciências exatas, para que eles possam trabalhar em grupo como na vida profissional. Já que profissionalmente a gente nunca trabalha com uma equipe individualizada procurando investimentos", explicou Souza.

No momento a startup já captou R$ 170 mil e, com isso, já estão organizando em São Paulo um evento de educação espacial. Agora, Leonardo está no Bossa Summit para entender e conhecer parceiros que possam trabalhar juntos novos conceitos de educação para expandir a visão de mercado, deixando a educação espacial mais acessível.

Lançamento de satélite, na prática 

Um dos projetos da startup que estão em andamento é o lançamento de um satélite que foi realizado por um artista e o dispositivo um pouco maior que uma régua de 40 centímetros terá o papel de armazenar os nomes das pessoas que foram vítimas da covid-19 no Brasil. Chamado de templo orbital, ele terá o papel de informar as pessoas que farão o acesso ao satélite para sejam lembrados enquanto o dispositivo órbita pelo planeta.

O dispositivo deverá ir de carona até novembro por meio de uma empresa parceira que tem contato com a SpaceX, que vai lançar diversos satélites nesta viagem programada.

O satélite custou cerca de U$ 1 mil dólares para ser desenvolvido e o lançamento deve custar mais de 20 mil euros.

Além disso, a startup tem conversado com outras parceiras para ter novas oportunidades de fazer lançamentos de equipamentos ao espaço.

Leonardo está otimista com o interesse dos potenciais parceiros que observam seu negócio.

"Até o momento a gente tem tido reuniões bem positivas, então eu posso o primeiro dia de eventos já valeu a pena e espero que o segundo [dia] possa valer ainda mais a pena para gente", finalizou.

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