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Tecnologia

Futuro da Mídia: O futuro da TV aberta

Raymundo Barros, da Globo, fala sobre como a televisão muda a relação com o consumidor

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O futuro da TV aberta em meio a um momento de transformação e mudança tecnológica nos conteúdos e na linguagem. Raymundo Barros, diretor de estratégia e tecnologia da Globo, fala ao SBT News sobre o futuro do negócio de mídia e da televisão aberta.:

Raymundo Barros -- Tantos engenheiros e profissionais de mídia e entretenimento discutindo o futuro do negócio de mídia e principalmente o futuro da TV aberta, que é essa potência no Brasil.  

Uma mídia que chega através das grandes redes e das nossas afiliadas há mais de 80% dos domicílios com TV no Brasil. Uma mídia que atravessou todas as transformações tecnológicas e de mudanças de hábito de consumo, extremamente robusta e relevante, acesso gratuito universal.

Esta mídia está em permanente transformação. Estamos aqui discutindo a próxima geração tecnológica da TV aberta, uma TV aberta que digitaliza os seus modelos de negócio. 

Porque a gente fala de TV digital já há 13 anos no Brasil. Mas o que a gente está discutindo hoje é uma TV aberta que digitaliza a maneira como na qual nós passamos a ter um conhecimento profundo da audiência.

Raymundo Barros analisa as mudanças de consumo da TV no Brasil | SBT News

Porque com a TV 3.0, você passa a ter um televisor que está simultaneamente conectado na antena.... Simultaneamente conectado na internet e construindo uma experiência de consumo totalmente integrada entre os conteúdos que a gente transmite com acesso para dezenas de milhões de pessoas simultaneamente, mas também aqueles conteúdos que falam especificamente para você.

Aquilo que você quer ver naquele momento numa interface única. Portanto, você está diante da tela grande, consumindo conteúdos que vem pela TV aberta em altíssima qualidade, 4K, áudio imersivo... E, ao mesmo tempo, você tem acesso a conteúdos que chegam até você, de forma muito personalizada.

SBT News -- Customizado? Quase sob medida, digamos assim? 

Raymundo Barros -- Então, você tem os dois movimentos, os dois modelos de consumo. Um consumo mais despojado, descansado... Você quer relaxar, você quer ver aquele programa.

Você quer acompanhar o jornalismo, você quer se divertir, você quer se informar. Você quer estar ali, tranquilo, sem precisar ficar fazendo procura de conteúdo... Ou você pode estar naquele momento, "eu quero ver exatamente a reprise daquele programa fantástico que adoro e que eu não consegui ver ao vivo".

E aí naturalmente você recebe aquele conteúdo sobre demanda para você e tudo acontecendo de uma forma super fluida, super integrada, isso é o futuro da TV, é a integração dos meios, é a integração da internet e da radiodifusão numa experiência de consumo única.

SBT News -- E sem esquecer claro, você já tocou de leve nesse aspecto, mas tem a interatividade, tem a interação... As pessoas estão se reabituando a assistir TV é uma maneira diferente para o consumidor interagir e atuar, para fazer a programação ficar ainda mais com a cara dele...

É exatamente isso, né? A TV ela passa a ser muito personalizada, né? Lembrando que você começa a assistir TV, você tem uma relação com aquele provedor de conteúdo individualizada, portanto, você tem uma conversa mais íntima com ele.

"Você oferece a ele um conteúdo que você de verdade sabe que é aquilo que ele tá interessado. Você começa a oferecer para ele publicidade que faz sentido para jornada de consumo dele e não uma publicidade que tá muito fora do cardápio de opções que ele tá considerando naquele momento".

Tudo a partir deste modelo de conhecimento do consumidor e de uma relação mais íntima individualizada, sem perder tudo que a gente tem de bom quem assistiu uma bela partida de futebol com dezenas de milhões de pessoas assistindo junto com você. 

Esse conceito de consumo social que a TV tem e que se torna e continua sendo objeto das conversas da gente no dia-a-dia, não vai nunca perder isso.

Para Raymundo, a TV passa a ficar mais íntima e individualizada com a audiência | SBT News

SBT News -- Diante de tanta transformação, tanta inovação, a nossa boa e velha conhecida TV aberta continua ali em casa, nos diferentes cômodos, acessível tecnologicamente, com o conteúdo sendo produzido mais ao gosto de cada pessoa... Quer dizer, não dá para imaginar que tudo que tem de mídia nova e reformulada não vai deixar a TV para trás...

Essa é a nossa crença, é para isso que a gente está aqui hoje e é por isso que a indústria de mídia entretenimento no Brasil tem na TV aberta a sua representação mais relevante.

É aquela que tem maior conexão com os brasileiros porque fomos capazes, o conjunto das empresas desse ecossistema, de construir essa relação de carinho, de conexão, de intimidade com o consumidor brasileiro. E agora com todo esse investimento tecnológico na renovação tecnológica isso se torna ainda mais fantástico. 

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Produção e entrevistas por Cido Coelho e Guto Abranches
Edição de imagens: Cézar Camilo
Edição por Cido Coelho

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