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Futuro da Mídia: Google coloca tudo na TV

Luis Camargo, Business Developer do Google TV Brasil fala sobre agregar serviços de streaming

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luis camargo é executivo da google tv
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Você imagina a reunir todos os conteúdos das suas plataformas de streaming favoritas no lugar só, para ter a vida facilitada? O SBT News fala com Luiz Camargo, executivo responsável pela Google TV no Brasil.

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SBT News -- Luís, como é isso? Você é um facilitador da vida do que a gente chamava antigamente de telespectador do consumidor de mídia. 

Luis Camargo -- Costumo explicar o Google TV como um grande catálogo, um grande cardápio de conteúdos disponíveis. 

Então, hoje a gente tem uma pulverização de plataformas muito grandes e a ideia do Google TV é facilitar o consumo desses conteúdos através de uma experiência única. 

Hoje, o consumidor perde um terço do tempo buscando conteúdo, ao invés de consumi-lo, e a ideia é que com a capacidade de busca, a inteligência e personalização do Google, a gente consiga facilitar esse descobrimento e esse consumo de fato na plataforma. 

SBT News -- Chega tudo isso? É um terço do tempo dele na frente do dispositivo da TV? Ele não aproveita? 

Luis Camargo -- Ele não aproveita. Esse é o tempo que ele busca encontrar algum tipo de conteúdo. Muito pelo motivo da gente ter 12, 15, 17 plataformas de streaming disponíveis. 

Então, a partir desse desafio, um desafio que a gente tenta solucionar é facilitar a vida do consumidor para aquele encontro e tudo num lugar só.

Google TV busca agregar vários serviços de streaming em uma só plataforma | SBT News

SBT News -- Como funciona na prática? Então, o consumidor tá diante ali do notebook dele, tá querendo informação, algum tipo de entretenimento, na melhor concepção da expressão, o 'robozinho do Google' faz esse trabalho para ele?

Luis Camargo -- Costumo dizer que o Google TV ele é uma interface final para o consumidor. Então, dentro da TV da tela grande, essa experiência ela se faz melhor do ponto de vista de ligou a TV, você vai consumir todas as suas plataformas num único lugar. 

"Então, você assistiu ao conteúdo A na plataforma Y o conteúdo C na plataforma Z, ele vai estar disponível ali dentro dessa interface".

Então, de novo, é para encurtar o tempo entre nós consumidores e o conteúdo de vídeo disponível. 

SBT News -- Vou fazer uma pergunta que parece óbvia, e é óbvia mesmo: o que o consumidor dessa mídia ganha e o que o provedor do serviço ganha?

Luis Camargo -- Perfeito, excelente pergunta. É por consumidor é a praticidade e a facilidade de consumir uma boa experiência, né? 

Então, facilito ele encontrar o conteúdo que ele quer, disponibilizo a facilidade de pagamentos, seja por uma assinatura ou por tempo, ou qualquer que seja.

Encurto, diminuo esse tempo de ficar zapeando o canal, coloco na frente dele ali o que ele quer, o que ele quer consumir. Para quem está produzindo obviamente é a escala. 

"Nem sempre tem um conteúdo específico numa plataforma como Netflix, HBO [Max] ou Disney esse consumidor ele vai conseguir encontrar". 

Então, torno mais fácil o encontro do conteúdo dessas plataformas para um consumidor final.

Para Camargo, quanto mais reduzir o tempo de escolha, melhor é para o consumo de mídia | SBT News

SBT News -- Tem uma moeda importantíssima aí chamada tempo? 

Luis Camargo -- Total. Acho que a gente tem gente vive na economia do tempo, né?

Todo mundo briga pelo nosso tempo. 

Então, obviamente, quanto mais reduzo o tempo do consumidor para que ele consuma conteúdo, é melhor para todo mundo, né? 

Eu que vou perder menos tempo para consumir pro produtor que vai ter mais tempo de eu consumindo conteúdo de fato e obviamente o engajamento maior traz maiores possibilidades de monetização, principalmente para publicidade.

SBT News -- Vou lhe fazer outra pergunta, essa parece um pouco esquisita, mas ela tem uma destinação jornalística, acredite... Não é tão antigo assim o verbo que você acabou de mencionar aqui que é o verbo zapear e o prazer de zapear, vocês são contra isso?

Luis Camargo -- Costumo dizer que isso vale para todas as plataformas do Google, né? A gente sempre coloca o consumidor em primeiro lugar. 

A gente tem um grande crescimento do modelo que chama FAST, que é a TV linear digital sustentada por publicidade

Que é a possibilidade de você entrar no lugar, clicar no canal e a tela tocar um conteúdo da forma tradicional da televisão. 

Então, hoje na nossa plataforma, a gente já tem essas opções desse de consumo desse tipo de conteúdo, principalmente com a Pluto TV, com a Peacock, Xumo... 

"Existe essa experiência dentro da plataforma. Pelo contrário, não somos contra nada que vem do consumidor".

Acho que seu consumidor, ele demanda, se ele tem apetite por consumir conteúdo de alguma forma, é a nossa missão entregar isso para ele. 

SBT News -- O comportamento dele que também gera negócios... 

Luis Camargo -- Com certeza né? Preciso que ele esteja atento para conseguir monetizar isso no final, né? Preciso dele engajado para monetizar no final. 

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Produção e entrevistas por Cido Coelho e Guto Abranches
Edição de imagens: Cézar Camilo
Edição por Cido Coelho

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